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Esta é a continuação do artigo "MATILDA MACELROY E O EXTRATERRESTRE DE ROSWELL, PARTE 1 DE 3". Se você não leu a parte 1, recomendo que pare e vá lê-lo antes de prosseguir com a leitura deste, pois na parte 1 é descrito todo um contexto e contextualização que não repetiremos aqui.
O vídeo “Captured Alien Explains Reality - Matilda MacElroy pt. 2 - DEBRIEFED ep. 38” continua a leitura do livro Alien Interview, de Lawrence R. Spencer, que apresenta o suposto relato de Matilda MacElroy, uma enfermeira que, em 1947, teria se comunicado telepaticamente com um alienígena sobrevivente do acidente de Roswell. Esta segunda parte mergulha em revelações profundas sobre a natureza da realidade, a história da Terra e a civilização extraterrestre conhecida como o Domínio.
A fidedignidade do documento é altamente debatida, já que Spencer é conhecido por obras de ficção científica, mas a narrativa é rica em detalhes e ideias filosóficas que instigam reflexões sobre a existência humana. Suas implicações, se verdadeiras, poderiam redefinir nossa compreensão do universo, da consciência e do lugar da humanidade no cosmos.
Barreira linguística e aprendizado de Airl
Um dos desafios iniciais relatados por Matilda foi a barreira linguística com Airl, que se comunicava exclusivamente por telepatia. Após tensas discussões entre oficiais militares, psicólogos e intérpretes, ficou claro que Airl só aceitava interagir com MacElroy, o que gerou frustrações entre os agentes de inteligência. “Só ela fala. Só ela ouve. Só ela questiona”, teria dito Airl, reforçando sua recusa em dialogar com outros.
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Airl lendo livros. |
A solução veio de um especialista em línguas japonês da Marinha, chamado John Nubble, cuja existência não foi verificada em registros históricos, sugerindo que pode ser um personagem fictício. Nubble propôs que Airl aprendesse inglês, usando livros infantis e o McGuffey’s Eclectic Reader, um material didático do século XIX. Matilda leu para Airl por 14 horas diárias durante três dias, apontando palavras e ilustrações, até que Airl começou a assimilar a língua exponencialmente, demonstrando uma inteligência prodigiosa.
Em poucos dias, Airl dominou o inglês e passou a consumir vastas quantidades de livros, de enciclopédias a romances, incluindo Alice no País das Maravilhas e Dom Quixote. “Ela absorvia cada letra, som, sílaba e significado”, escreve Matilda, destacando a capacidade de Airl de memorizar e aprender sem pausas. Esse processo transformou Airl em uma erudita, superando o conhecimento de Matilda e assumindo o papel de professora, o que marca uma virada na narrativa.
A escolha de Airl por livros com ilustrações reflete sua preferência por aprender visualmente, o que Ramsey acha fascinante, pois sugere uma mente alienígena que processa informações de forma diferente. A leitura voraz de Airl, cobrindo desde astronomia até poesia, levanta questões sobre como uma inteligência avançada interpreta a cultura humana. Ramsey especula que Airl já conhecia mais sobre a Terra do que admitia, o que adiciona um toque de mistério à sua personagem.
Conceito de "isbes" e imortalidade espiritual
Um dos temas mais impactantes do relato é a introdução do conceito de “isbe”, um termo criado por Airl para designar seres espirituais imortais. “Todos os seres sencientes são seres espirituais imortais”, afirma Airl, incluindo humanos, que ela chama de isbes. Esses seres existem em um estado atemporal de “é”, decidindo conscientemente existir, independentemente de sua posição social ou corporal.
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Isbes são o mesmo que almas? |
Para demonstrar essa ideia, Airl induz Matilda a uma experiência fora do corpo, onde ela se vê flutuando acima de seu corpo físico, olhando para si mesma e para Airl na sala de entrevistas. “Eu percebi a realidade chocante de que não sou um corpo”, escreve Matilda, descrevendo o momento como uma epifania. Essa experiência, narrada com emoção, desafia as crenças católicas de Matilda, que nunca considerou a possibilidade de ser um ser imortal, reservando essa condição a figuras divinas.
Ramsey conecta essa experiência a suas próprias vivências com projeção astral, relatadas em um documentário de três partes produzido por ele. Ele descreve ter saído do corpo durante meditações, vendo-se de fora, o que o levou a questionar a natureza da consciência. “Isso expande completamente sua percepção do que você pode ser”, diz Ramsey, enfatizando o impacto profundo de tais experiências, mesmo para um cético.
O conceito de isbe ressoa com ideias espirituais e filosóficas, como a noção de alma em religiões ou as teorias de regressão entre vidas, mencionadas por Ramsey com referência ao livro Journey of Souls, de Michael Newton. Airl sugere que os isbes humanos têm sua memória apagada, o que explica a ignorância sobre sua natureza imortal, uma ideia que ecoa teorias esotéricas sobre controle cósmico.
A recusa de Airl em responder perguntas da “galeria” (os cientistas e agentes que observavam) reforça sua autonomia e intenção de compartilhar apenas o que considera benéfico para a humanidade. Sua visão de que todos os isbes merecem respeito, independentemente de sua condição, desafia hierarquias terrenas e propõe uma ética universal. Ramsey acha o termo “isbe” particularmente fascinante, destacando sua originalidade e potencial para inspirar reflexões existenciais.
Mais sobre a civilização do Domínio e a colonização cósmica
Airl já havia revelado que pertence ao Domínio, uma civilização que controla um quarto do universo físico, abrangendo galáxias, estrelas e planetas. “A missão contínua da minha organização é assegurar, controlar e expandir o território e os recursos do Domínio”, diz ela, comparando suas atividades aos exploradores europeus que colonizaram as Américas. Essa analogia é perturbadora, pois sugere que a Terra é vista como propriedade do Domínio, sem consulta aos seus habitantes.
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Domínio: conquistadores sem escrúpulos? |
Airl critica a hipocrisia dos colonizadores terrestres, como o rei espanhol que usava o Requerimiento para justificar a conquista, enquanto o Domínio assume plena responsabilidade por suas ações, sem temer deuses ou buscar absolvição. “Nossos líderes não se rebaixariam dessa maneira”, afirma Airl, sugerindo uma ética diferente, mas igualmente imperialista. Ramsey interpreta isso como uma possível indicação de ateísmo no Domínio, o que adiciona uma camada filosófica ao relato.
O interesse do Domínio na Terra é estratégico: o cinturão de asteroides e o lado oculto da Lua são usados como estações espaciais de baixa gravidade, enquanto a Terra está na rota de expansão rumo ao centro da Via Láctea. “A estação espacial perto da Terra é importante apenas porque está no caminho da expansão do Domínio”, explica Airl, revelando que a presença extraterrestre é deliberadamente oculta dos humanos, por razões que serão esclarecidas posteriormente.
Ramsey compara essa narrativa ao início de O Guia do Mochileiro das Galáxias, de Douglas Adams, onde a Terra é destruída para dar lugar a uma rodovia intergaláctica. Ele especula se Spencer se inspirou em Adams ou se ambos tocaram em uma verdade cósmica. A ideia de que a Terra é um ponto secundário em um plano maior desafia o antropocentrismo humano, levantando questões sobre nosso papel no universo.
A descrição do Domínio como uma “ópera espacial” com trilhões de anos de existência fascina Ramsey, que elogia a construção do universo narrativo, mesmo que fictício. A menção a bases subterrâneas protegidas por telas eletromagnéticas e a destruição de um planeta que formou o cinturão de asteroides adiciona detalhes que alimentam especulações sobre a presença alienígena no sistema solar.
Tecnologia das naves e corpos de boneca
Airl explica que as naves espaciais do Domínio são operadas por isbes que habitam “corpos de boneca”, sintéticos e projetados como ferramentas para atuar no universo físico. “A nave é operada por pensamentos ou energia emitida pelo isbe”, diz ela, descrevendo um sistema de controle direto, sem equipamentos complexos. Cada nave e corpo é ajustado à frequência única de um isbe, funcionando como uma extensão de sua consciência.
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Um relâmpago teria capacidade de derrubar uma espaçonave? |
O acidente da nave de Airl foi causado por um raio que provocou um curto-circuito, desconectando os isbes do controle da nave. Ramsey questiona a plausibilidade disso, já que uma civilização tão avançada deveria prever tempestades. “Se você tem milhões de anos de tecnologia, não teria protegido a nave contra raios?”, pergunta ele, reconhecendo a validade das críticas dos espectadores. No entanto, ele acha a explicação intrigante, pois sugere vulnerabilidades inesperadas em tecnologias avançadas.
Essa descrição ecoa relatos de outros casos, como no caso Aztec, ocorrido no Novo México em 1948, e que é mencionado por Ramsey. Segundo o livro de William Steinman que descreve o caso, 16 corpos alienígenas foram encontrados em uma nave intacta, possivelmente mortos por uma falha elétrica, o que corrobora a ideia de corpos dependentes de sinais elétricos. Porém, é importante destacar que o caso Aztec é amplamente considerado uma farsa pela comunidade científica, mesmo que permaneça popular na ufologia.
A conceito de corpos de boneca lembra as alegações de Bob Lazar, que descreveu humanos como “contêineres” em documentos que leu em Area 51. Ramsey destaca essa conexão, sugerindo que a narrativa de Airl prefigura ideias modernas sobre interfaces entre consciência e tecnologia, como as de modelos de IA. A ausência de controles físicos nas naves reforça a ideia de uma tecnologia viva, quase orgânica, que desafia nossa compreensão de engenharia.
História cósmica e conceito de tempo
Airl oferece uma perspectiva revolucionária sobre a história e o tempo, afirmando que “o tempo é uma medida arbitrária do movimento dos objetos no espaço”. Ela rejeita a linearidade histórica, sugerindo que os eventos ocorrem de forma interativa e simultânea, como os processos biológicos de um corpo. “Para entender a história, deve-se ver todos os eventos como parte de um todo interativo”, ensina ela, desafiando a narrativa histórica humana.
Airl revela que o universo físico tem pelo menos quatro quatrilhões de anos, com os sóis locais queimando há 200 trilhões de anos. Esses números, que Ramsey considera arbitrários devido à sua escala incompreensível, contrastam com estimativas científicas modernas, que datam o universo em cerca de 13,8 bilhões de anos. Denota-se porém que a cosmologia atual baseia-se em observações do fundo cósmico de micro-ondas, mas Airl sugere que os isbes têm uma percepção direta do tempo, não limitada por instrumentos humanos.
A criação do universo físico, segundo Airl, resulta da fusão de universos ilusórios criados por isbes, que se solidificaram em uma realidade compartilhada. “A matéria não pode ser destruída, apenas alterada em forma”, diz ela, explicando que montanhas, continentes e oceanos mudam, mas a matéria permanece constante. Matilda fica impressionada com a escala temporal do Domínio, que conduz pesquisas galácticas há 80 trilhões de anos, comparando isso ao progresso humano em apenas 150 anos.
Ramsey acha a visão de Airl sobre o tempo fascinante, pois ressoa com teorias filosóficas sobre a subjetividade da realidade. Ele conecta a ideia de universos ilusórios a mitos de magia e feitiçaria, sugerindo que contos de fadas podem preservar memórias ancestrais de isbes. A narrativa de Airl desafia a ciência convencional, mas sua coerência interna a torna uma peça de ficção científica envolvente, segundo Ramsey.
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Vimanas seriam na verdade espaçonaves do Domínio? |
A menção a vimanas, naves descritas em textos indianos antigos, adiciona uma camada de conexão com mitologias terrestres. Airl relata uma missão em 5965 a.C. para investigar a destruição de uma base do Domínio nos Himalaias, onde vimanas foram avistadas por humanos locais. Essa referência sugere que o Domínio observa a Terra há milênios, alimentando especulações sobre sua influência em culturas antigas.
Concluindo...
O relato de Matilda MacElroy, apresentado por Chris Ramsey, é uma narrativa que transcende a questão de sua veracidade, oferecendo uma exploração rica de ideias sobre consciência, imortalidade e o lugar da humanidade no cosmos. A história de Airl, com sua visão de isbes, naves vivas e um Domínio que coloniza o universo, provoca reflexões profundas, mesmo que seja uma obra de ficção. Ramsey, com sua paixão e abertura, torna a leitura envolvente, convidando o público a questionar a realidade sem exigir crença cega.
As implicações do texto, se tomadas como verdade, são monumentais: sugerem que somos seres espirituais imortais, que a Terra é um ponto estratégico em um império cósmico e que nossa história é apenas uma fração de uma tapeçaria universal. Mesmo como ficção, o relato inspira curiosidade e desafia paradigmas, ecoando obras clássicas de ficção científica. Ramsey elogia a construção do universo narrativo, destacando sua capacidade de expandir a mente.
Independentemente de ser fato ou fantasia, o texto nos lembra do poder das histórias para nos fazer sonhar, questionar e buscar respostas. Como Ramsey sugere, “suspender a descrença é uma habilidade”, e essa prática pode nos levar a novas perspectivas sobre quem somos e o que é possível no vasto desconhecido do universo.
Não perca a parte 3 de 3 com o final desta curiosa história.
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