No último dia 27 de maio de 2025 o podcast Joe Rogan Experience, que dispensa maiores apresentações devido a sua colossal popularidade, recebeu AJ Gentile.
A história da Operação Highjump
A primeira grande narrativa de AJ no podcast é sobre a lendária Operação Highjump. Liderada pelo almirante Richard Byrd logo após a Segunda Guerra Mundial, a missão supostamente visava testar equipamentos no clima antártico. Porém, o nível de armamento envolvido e o súbito encerramento da missão levantaram suspeitas. Segundo as teorias discutidas, Byrd teria encontrado não só paisagens impossíveis como vales verdes na Antártica, mas também criaturas extintas e até naves com simbologia nazista.
Esse relato evolui para a famosa narrativa de Byrd sendo escoltado por discos voadores até uma cidade subterrânea habitada por seres altos e desconhecidos. Embora Gentile admita que a história se baseia em diários falsamente atribuídos ao almirante, ele aponta lacunas intrigantes, como o desaparecimento por três horas de rádio durante um voo solitário.
O fascínio não está tanto na veracidade, mas nas perguntas que a história provoca: o que realmente aconteceu na Antártida? As possíveis conexões com bases nazistas, a presença de ovnis e o mistério do desaparecimento temporário de Byrd sustentam o interesse por essa narrativa até hoje, mesmo sendo amplamente desacreditada.
Falamos deste e de outros casos ligados à Antártica no vídeo e artigo ANTÁRTICA: ONDE TUDO PODE ACONTECER?
HAARP, armas de energia e o Projeto Blue Beam
Gentile e Rogan mergulham então em uma das vertentes mais controversas das conspirações modernas: as tecnologias de manipulação atmosférica e cognitiva. O projeto HAARP (High Frequency Active Auroral Research Program), um arranjo de antenas no Alasca supostamente voltado ao estudo da ionosfera, é apontado como possível arma de energia direta — com capacidade para causar terremotos e gerar ilusões visuais como hologramas.
É aí que entra o Projeto Blue Beam, a ideia de que um governo oculto criaria imagens religiosas no céu para forçar a população a aceitar um governo global. Segundo a teoria, essas manifestações seriam reforçadas por frequências eletromagnéticas capazes de influenciar a mente humana.
Apesar de Gentile questionar tecnicamente a viabilidade dos hologramas atmosféricos, ele também reconhece que os avanços tecnológicos tornam difícil descartar completamente essas possibilidades. A morte do jornalista canadense Serge Monast após divulgar o projeto também adiciona um elemento sombrio e conspiratório à história, alimentando ainda mais o mito.
Bases submersas e fenômenos transmídia
Outro ponto intrigante da conversa são os relatos de bases submersas — especialmente uma suposta estrutura ao largo da costa de Malibu, visível no passado pelo Google Maps, mas atualmente borrada. Isso se conecta à ideia de que muitas das naves observadas (os famosos UAPs) não viriam do espaço, mas sim do fundo dos oceanos.
Gentile menciona que fontes anônimas afirmam que tais bases seriam capazes de fabricar veículos adaptados a missões específicas, os quais retornariam para serem desmontados e reutilizados. Isso explicaria a variedade de formas observadas nos objetos e sua habilidade de se mover na água sem gerar perturbações.
O mar, imenso e inexplorado, surge como o esconderijo ideal para tecnologias avançadas — humanas ou não. Essa vertente retoma a hipótese de uma civilização paralela, que teria evoluído silenciosamente ao longo do tempo, escapando à detecção e interagindo com nosso mundo apenas quando necessário.
Círculos nas plantações: arte, física e mistério
Um dos tópicos mais fascinantes do episódio é a longa discussão sobre os círculos nas plantações. Gentile afirma que começou cético, crente de que tudo se resumia a brincadeiras com tábuas e cordas. Mas sua pesquisa o levou a evidências mais estranhas: estruturas internas dos caules alteradas por micro-ondas, esferas metálicas microscópicas e complexas padronagens geométricas perfeitas.
Ele relata ainda operações militares e ações de inteligência para desacreditar pesquisadores do fenômeno, como Colin Andrews, e menciona o famoso documentário Mirage Men, que denuncia campanhas de desinformação deliberada envolvendo crop circles e ufologia.
Mesmo reconhecendo que muitos desenhos são fraudes, Gentile defende que uma minoria dos casos desafia explicações simples e pode conter elementos autênticos, ligados a alguma tecnologia não compreendida. A convergência desses sinais em regiões de alta energia como Wiltshire, na Inglaterra, fortalece ainda mais o mistério.
Gigantes, pirâmides e civilizações ocultas
A conversa também explora histórias antigas e relatos de descobertas proibidas. Um exemplo marcante é a lenda de G.E. Kinkaid, que teria encontrado uma cidade subterrânea com artefatos egípcios no Grand Canyon, algo que teria sido abafado pelo Smithsonian.
Gentile questiona por que certas áreas do parque são inacessíveis, mesmo com relatos de helicópteros negros e vigilância intensa. Ele especula que a motivação pode ser tanto estratégica quanto histórica — uma forma de esconder descobertas que reescrevem o passado humano.
Esses elementos ecoam em outras discussões do episódio, como as ruínas de Balbek, os mistérios de Malta e as cidades subterrâneas da Capadócia, todas marcadas por estruturas inexplicáveis para os padrões técnicos da época em que supostamente foram construídas.
A Lua é um satélite natural?
Em tom mais descontraído, mas não menos instigante, AJ e Joe falam sobre a Lua. A ideia de que ela seria um objeto artificial aparece com força — não só pelo tamanho e distância perfeitos para eclipses, mas também por antigas histórias que sugerem uma era pré-Lua.
Eles comentam que, sem a Lua, a Terra seria instável. A hipótese sugerida é a de que uma civilização muito avançada poderia tê-la colocado ali deliberadamente — talvez não para nos proteger, mas para extrair recursos.
"A Lua é estranha", concluem, meio em tom de piada, meio em tom de reverência cósmica. A própria existência da Lua, seu papel em manter o eixo terrestre e a possibilidade de ser oca fazem parte de um enigma que alimenta teorias ousadas há décadas.
Concluindo...
O episódio do Joe Rogan Experience com AJ Gentile é um passeio eletrizante pelo mundo do inexplicável. Repleto de humor, ceticismo e fascínio, a conversa transita entre relatos lendários, teorias ousadas e fatos históricos pouco discutidos.
Gentile representa uma vertente rara: a de quem mergulha fundo nas histórias incríveis sem perder a disposição de duvidar. Ao mesmo tempo em que diverte, instiga o pensamento crítico e lembra que o desconhecido pode ser um convite à investigação — e não apenas à crença cega ou à negação automática.
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