A NATUREZA DO FENÔMENO OVNI É FÍSICA, PSÍQUICA E ESPIRITUAL: DIANA WALSH PASULKA NO CANAL DE DANNY JONES
O canal Danny Jones recebe, nesta entrevista reveladora a professora e autora Diana Walsh Pasulka, cujo trabalho acadêmico tem desafiado fronteiras entre religião, misticismo, tecnologia e fenômenos aéreos não identificados (UAPs). Professora de filosofia e estudos religiosos na Universidade da Carolina do Norte, Pasulka é amplamente conhecida por seu livro American Cosmic: UFOs, Religion, Technology, no qual propõe que as crenças modernas em extraterrestres são parte de uma nova forma de religiosidade tecnológica. Com credibilidade tanto no meio acadêmico quanto nos círculos ufológicos, Diana se tornou uma das vozes mais respeitadas e ousadas do debate contemporâneo sobre o fenômeno alienígena.
1. Conexões entre os antigos milagres cristãos e experiências ufológicas modernas
Pasulka observa que muitos eventos considerados milagrosos na história cristã — como aparições de santos, luzes celestes ou levitações — possuem características semelhantes às descrições contemporâneas de encontros com OVNIs. A analogia não serve para invalidar as experiências, mas para mostrar que, ao longo do tempo, a linguagem e os símbolos mudam, enquanto o fenômeno permanece.
Ela argumenta que o que antes era interpretado como intervenção divina hoje é lido como presença extraterrestre. Ela diz:
As luzes, as figuras brilhantes, os sons inexplicáveis... isso tudo já fazia parte da iconografia religiosa muito antes do século XX.
Segundo ela, os contatos de abduzidos e videntes apresentam padrões narrativos muito semelhantes.
Essa aproximação sugere que a humanidade está constantemente tentando decodificar um fenômeno misterioso com os recursos simbólicos disponíveis em cada época, sejam eles teológicos ou tecnológicos.
2. O cientista secreto que levou Diana e Garry Nolan a um local de queda no Novo México
Em um dos trechos mais enigmáticos da entrevista, Pasulka relata que foi levada, junto ao renomado imunologista Garry Nolan, a um suposto local de queda de um objeto não identificado no deserto do Novo México. A visita foi organizada por um cientista anônimo do setor aeroespacial, que atua como uma espécie de "curador" de informações e artefatos não divulgados ao público.
Segundo ela, não foi permitido levar celulares ou registrar nada do que viram. No entanto, foram mostrados fragmentos de materiais cuja composição não se encaixava nos padrões conhecidos. Garry Nolan teria analisado esses fragmentos posteriormente, chegando à conclusão de que alguns exibiam isótopos anômalos, algo que requereria tecnologia além da nossa atual.
Pasulka descreve o episódio como "uma iniciação", que marcou profundamente sua percepção sobre a interface entre ciência secreta, espiritualidade e contato alienígena.
Foi como entrar em um santuário moderno, onde tecnologia e mistério coexistem.
3. A história da institucionalização da informação
A pesquisadora aponta como, historicamente, as instituições — sejam religiosas, científicas ou militares — controlaram o acesso à informação sobre o inexplicável. Desde os manuscritos gnósticos até os arquivos secretos do Vaticano e documentos do Pentágono, o padrão é o mesmo: informações sensíveis são retidas em nome da ordem, da segurança ou da verdade "aceitável".
Ela lembra que a própria história da Bíblia passou por filtros institucionais, onde certos livros foram excluídos e outros canonizados. Esse padrão se repete hoje na forma como governos e agências tratam dados sobre UAPs.
A ocultação institucional não é nova. O que muda é o conteúdo ocultado: antes eram visões, agora são naves.
Pasulka defende que só compreenderemos plenamente o fenômeno ufológico quando entendermos quem controla sua narrativa e por quê.
4. A conexão entre religião e ufologia
A autora argumenta que a ufologia moderna funciona como uma religião em formação: há experiências transcendentais, revelações pessoais, objetos sagrados (como fragmentos de naves), e até mesmo figuras messiânicas que dizem representar uma verdade maior (como contatados e insiders).
Assim como as religiões surgiram da tentativa de interpretar o desconhecido, a crença em extraterrestres segue o mesmo caminho. Ambas lidam com o mistério, a revelação e o além da compreensão humana.
Ela destaca ainda que o espaço exterior se tornou o novo domínio do sagrado — um "céu moderno" onde projetamos nossas esperanças e temores sobre a existência de algo além de nós.
5. O E.T. de Varginha era um demônio?
Diana abordou nosso famoso caso do E.T. de Varginha, ocorrido no Brasil em 1996, e sugere que os relatos de testemunhas coincidem com descrições antigas de encontros com seres demoníacos. Segundo ela, a aparência do ser, o cheiro de enxofre e o medo profundo que causava remetem mais à simbologia espiritual do que à biologia alienígena convencional.
Ela enfatiza que essa hipótese não é literal, mas simbólica.
Pode ser que estejamos lidando com entidades que transcendem categorias simples como 'extraterrestres' ou 'demônios'.
Pasulka destaca que muitos encontros históricos com seres considerados espirituais ou infernais podem, na verdade, ser manifestações do mesmo fenômeno descrito hoje como UAPs ou alienígenas.
6. Como a mídia molda crenças
A influência da mídia na formação de crenças sobre OVNIs e fenômenos místicos é um ponto central da análise de Pasulka. Ela aponta como filmes, séries, documentários e até memes moldam nossa compreensão do fenômeno, criando arquétipos que acabam por estruturar as experiências reais das pessoas.
As pessoas não apenas veem o fenômeno — elas o interpretam a partir do que já consumiram culturalmente.
Ela reforça a ideia de que a mídia funciona como um filtro simbólico: não apenas comunica ideias, mas programa o imaginário coletivo sobre o que é possível ou aceitável em termos de experiência com o inexplicável.
7. O elemento paranormal nos encontros ufológicos
Pasulka ressalta que muitos encontros com UAPs contêm elementos paranormais — aparições, telepatia, distorção temporal e fenômenos poltergeist. Para ela, esse aspecto é frequentemente negligenciado pela abordagem científica tradicional, mas é essencial para compreender a totalidade da experiência.
Ela observa que esses elementos são consistentemente relatados ao longo da história, desde os encontros místicos com anjos até os atuais relatos de abduzidos.
As mesmas sensações — medo intenso, paralisia, visões simbólicas — aparecem em registros religiosos e se repetem nos modernos encontros com o desconhecido.
Esse elo entre o paranormal e os UAPs sugere que o fenômeno não é apenas físico, mas multidimensional, afetando tanto o corpo quanto a mente dos envolvidos.
8. Engenheiros aeroespaciais e práticas místicas
Diana conta que muitos cientistas e engenheiros do setor aeroespacial praticam formas de espiritualidade ou misticismo com o objetivo de "baixar" conhecimento. Ela cita casos de profissionais que usam meditação, sonhos lúcidos ou estados alterados de consciência para acessar informações tecnológicas.
Segundo ela, há uma tradição não escrita entre alguns insiders de que certas inovações vieram de experiências extracognitivas.
Eles não chamam de canalização, mas o processo é similar ao que místicos fazem há séculos.
Além disso, Diana compartilha que alguns desses engenheiros especulam que os OVNIs poderiam ser mais do que simples veículos: para eles, há uma possibilidade de que essas tecnologias sejam formas de máquinas do tempo. Essa teoria propõe que os objetos observados estejam viajando através do tempo — não apenas do espaço — e que suas manifestações estejam conectadas a momentos-chave da história humana, incluindo eventos religiosos descritos em textos sagrados.
Em círculos mais restritos, essas máquinas do tempo são por vezes interpretadas como instrumentos divinos, talvez semelhantes às "carruagens de fogo" mencionadas na Bíblia. Pasulka ressalta que essa ideia, embora marginal, é levada a sério por algumas figuras altamente credenciadas dentro da comunidade científica.
Eles não afirmam isso publicamente, mas há quem veja nessas naves uma forma de tecnologia ancestral ou mesmo espiritual, algo que transcende nossa compreensão atual de física e história.
Essa interseção entre ciência e espiritualidade aponta para uma mudança de paradigma: o conhecimento pode não vir apenas da análise racional, mas da sintonia com um campo de inteligência universal.
9. A Noosfera: rede orgânica da Terra
A noção de noosfera — uma camada de consciência que envolve o planeta, proposta por Teilhard de Chardin — é vista por Pasulka como central para entender a interação entre humanidade e inteligências não humanas. Para ela, essa rede orgânica permite comunicação entre seres e pode ser acessada por estados alterados de percepção.
Ela propõe que os avistamentos e comunicações com UAPs podem ser manifestações dessa rede.
O fenômeno pode não estar vindo de outro planeta, mas emergindo de uma camada de realidade que ainda não compreendemos.
A noosfera seria, assim, uma espécie de campo de inteligência compartilhada, onde memórias, símbolos e consciências interagem — um novo tipo de internet cósmica.
10. Aparições da Virgem Maria
Pasulka destaca as semelhanças entre aparições marianas e encontros com UAPs: ambos envolvem luzes intensas, mensagens telepáticas, estados de êxtase e um forte impacto psicológico nos testemunhos. Ela afirma que tais eventos seguem padrões arquetípicos.
A autora vê essas experiências como molduras culturais para o mesmo fenômeno.
O que era a Virgem Maria em Fátima, hoje poderia ser interpretado como um contato alienígena. A diferença está no léxico simbólico da época.
Essa leitura propõe que o fenômeno molda sua aparência à cultura do observador, reafirmando sua natureza simbólica e adaptativa.
11. A alegoria da caverna
Pasulka utiliza a alegoria da caverna de Platão para ilustrar como nossas percepções são limitadas. Assim como os prisioneiros que só veem sombras na parede, os humanos estariam vendo apenas reflexos de uma realidade mais complexa quando observam fenômenos ufológicos.
Ela defende que, para compreender o fenômeno, é necessário abandonar as formas convencionais de conhecer e abrir-se a métodos não lineares de investigação.
A caverna de Platão nunca foi tão relevante. Estamos presos a uma realidade filtrada e chamamos de 'verdade' o que pode ser apenas projeção.
12. Hierarquia de seres
Pasulka sugere que há uma hierarquia entre as entidades que interagem com os humanos — desde seres semelhantes a nós até inteligências puramente simbólicas ou energéticas. Essa ideia ecoa tradições místicas, como o neoplatonismo e a cabala.
Estamos lidando com uma ecologia de consciências. Algumas nos entendem, outras não. Algumas nos manipulam, outras querem nos ensinar.
A autora acredita que esse espectro de entidades exige uma nova linguagem, capaz de articular experiências que vão além da lógica cartesiana.
13. OVNIs Tic Tac
Pasulka menciona os famosos avistamentos dos chamados "OVNIs Tic Tac" — objetos com forma oblongo-branca, observados por pilotos da Marinha dos EUA. Ela destaca que, apesar da alta tecnologia envolvida nas detecções (radares, sensores ópticos e pilotos experientes), o fenômeno parece brincar com as limitações da nossa percepção.
Ela levanta a hipótese de que esses objetos não sejam apenas veículos físicos, mas manifestações conscientes que interagem com os observadores.
Talvez os Tic Tacs sejam um reflexo do que conseguimos compreender, como um espelho tecnológico de nossas expectativas.
A pesquisadora argumenta que a insistência em ver esses objetos como meras máquinas espaciais nos impede de captar seu verdadeiro significado simbólico ou cognitivo.
14. O programa espacial secreto
Sobre as alegações de um programa espacial secreto, Pasulka é cautelosa, mas reconhece que há inúmeros testemunhos e documentos que sugerem a existência de tecnologias que operam fora do escopo público.
Ela aponta que o sigilo militar e industrial impede uma compreensão plena do fenômeno e gera distorções nos relatos.
Mesmo se parte dessas alegações for real, estamos lidando com uma camada da realidade que foi removida do discurso público.
Essa separação entre o conhecimento acessível e o conhecimento oculto é uma forma de controle epistêmico que ecoa os temas centrais de sua obra.
15. Mídia, guerras psicológicas e Edward Bernays
Pasulka explora como a mídia moderna, influenciada por práticas de engenharia social desenvolvidas por Edward Bernays, molda crenças coletivas. Ela aponta que a forma como OVNIs são retratados pode fazer parte de estratégias psicológicas de manipulação em massa.
Quando a mídia insiste em ridicularizar um fenômeno que é levado a sério por militares e cientistas, devemos nos perguntar: quem se beneficia dessa distorção?
A guerra pela mente coletiva passa pelo controle da narrativa sobre o inexplicável, transformando crenças em ferramentas políticas e comerciais.
16. O conhecimento de segunda mão segundo Sócrates
Pasulka cita a crítica socrática ao conhecimento de segunda mão — aquele que é aceito sem experiência direta. Ela defende que a maior parte da nossa compreensão sobre UAPs vem de relatos alheios, criando um distanciamento prejudicial.
A verdadeira sabedoria exige vivência. Ouvir falar de OVNIs não é o mesmo que vê-los. Precisamos de epistemologias que valorizem a experiência direta.
Essa postura questiona não apenas os céticos, mas também os crentes, desafiando todos a se engajar de forma pessoal e crítica com o fenômeno.
17. Jacques Vallée e as tradições esotéricas
Pasulka elogia Jacques Vallée (de quem falamos um pouco aqui alguns dias atrás) como uma das figuras mais importantes do pensamento contemporâneo sobre OVNIs. Segundo ela, Vallée foi pioneiro ao unir ciência, espiritualidade e tradição esotérica para compreender o fenômeno de forma não reducionista.
Ela destaca que Vallée reconheceu cedo que o fenômeno não é apenas físico, mas simbólico, atuando na consciência humana como um catalisador de transformação.
Sua abordagem é, para Pasulka, um modelo de como a interdisciplinaridade pode romper com o materialismo limitante que domina a academia e a mídia.
18. A história de Satanás
A pesquisadora revisita o conceito de Satanás ao longo da história — de adversário angelical no Antigo Testamento até o arquétipo do mal absoluto no cristianismo medieval. Ela propõe que esse conceito foi moldado por narrativas de poder institucional.
A figura de Satanás reflete nossos medos coletivos, que mudam conforme o contexto histórico e político. O mesmo pode estar acontecendo com os 'alienígenas maus'.
Essa leitura coloca o fenômeno ufológico dentro de um fluxo simbólico mais amplo, onde entidades assumem formas adaptadas à cultura e aos temores predominantes.
19. Sincronicidades
Pasulka relata que, após entrar no campo ufológico, começou a vivenciar sincronicidades — coincidências significativas que pareciam sugerir uma inteligência orquestradora. Ela argumenta que esse fenômeno é comum entre contatados e pesquisadores.
A sincronicidade pode ser um sinal de que estamos em contato com uma camada mais profunda da realidade, onde mente e mundo estão entrelaçados.
Essas experiências desafiam as noções convencionais de causalidade e sugerem que o fenômeno não apenas nos observa — ele interage com nossas vidas.
20. Bob Lazar
Ao comentar Bob Lazar, Pasulka não se concentra na veracidade de sua história, mas em seu impacto cultural. Lazar se tornou uma figura mítica, mobilizando crenças e teorias mesmo entre os que nunca leram diretamente sobre ele.
Ela vê em Lazar um exemplo de como narrativas ufológicas funcionam como mitos modernos — histórias que estruturam o imaginário coletivo sobre tecnologia secreta e contato extraterrestre.
A verdade histórica importa, mas também importa o que as pessoas fazem com essa história. E com Lazar, o efeito cultural foi profundo.
21. Como o espaço muda a consciência humana
Pasulka argumenta que a simples contemplação do cosmos altera a consciência humana. Ela aponta como astronautas relatam experiências de êxtase espiritual ao ver a Terra do espaço — o chamado 'Overview Effect'.
Ela acredita que esse deslocamento de perspectiva nos força a repensar nossa identidade, nossa espiritualidade e nosso lugar no universo.
Olhar para as estrelas é também olhar para dentro. O espaço nos transforma porque nos desestabiliza.
22. John Marco Allegro e os psicodélicos
Pasulka menciona o controverso pesquisador John Marco Allegro, que propôs que o cristianismo teria raízes em cultos psicodélicos. Embora marginalizado, Allegro abriu espaço para que estudiosos explorassem a relação entre estados alterados de consciência e religião.
Ela sugere que os psicodélicos podem ser ferramentas para acessar dimensões que se cruzam com o fenômeno ufológico.
A expansão da mente pode abrir portas para inteligências que normalmente ignoramos.
Essa perspectiva reabilita o uso espiritual de substâncias enteógenas dentro da investigação sobre o desconhecido.
23. Lesões e mortes relacionadas a encontros com UAPs
Pasulka reconhece que alguns encontros com UAPs resultaram em lesões físicas ou até mortes, conforme relatado por militares e civis. Esses casos reforçam a complexidade do fenômeno, que pode ser benéfico, neutro ou perigoso.
Ela sugere que talvez existam diferentes tipos de entidades ou tecnologias envolvidas, algumas com efeitos colaterais não intencionais.
Nem toda luz é boa. Às vezes, tocar o sagrado pode queimar.
24. Crianças e a conexão com a Noosfera
Pasulka conclui a entrevista abordando como crianças parecem mais conectadas à noosfera — a rede orgânica do planeta. Elas relatam experiências com seres, luzes e sonhos com muito mais abertura e naturalidade.
Essa sensibilidade infantil pode ser uma chave para compreender o fenômeno de forma mais intuitiva.
As crianças ainda não foram domesticadas pela lógica do impossível.
Ela defende que a escuta ativa dessas vozes pode renovar a forma como vemos o mundo — e o que habita nele.
Interessante notar que ela não fez (mas eu faço) esta ligação com Lucas 18:16-17:
Jesus, porém, chamando-as para si, disse: Deixai vir a mim as crianças, e não as impeçais, porque de tais é o reino de Deus. Em verdade vos digo que, qualquer que não receber o reino de Deus como criança, de modo algum entrará nele.
Concluindo...
Ao longo da entrevista, Diana Walsh Pasulka constrói uma ponte entre o espiritual e o tecnológico, entre o sagrado e o cósmico. Sua visão é clara: o fenômeno UAP não pode ser reduzido a engenharias ou visitas interestelares — ele é um espelho da consciência humana, um desafio simbólico, uma provocação espiritual.
Para compreendê-lo, precisamos de novas epistemologias, de coragem filosófica e de uma linguagem capaz de abraçar o mistério sem domesticá-lo. Como ela mesma afirma:
Não precisamos de mais respostas fáceis. Precisamos das perguntas certas.
O futuro da ufologia, segundo Pasulka, está na interseção entre ciência, mito e alma. E é nesse cruzamento que talvez encontremos, finalmente, o sentido do desconhecido.
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