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MAIS EVIDÊNCIAS DE QUE O "AQUECIMENTO GLOBAL" OCORRE EM TODO O NOSSO SISTEMA SOLAR


Reforçando o artigo "AQUECIMENTO GLOBAL" OCORRE EM TODO O SISTEMA SOLAR que publiquei nesse blog em 2015, trago este artigo mais recente, que demonstra como o fenômeno de fato não se limita à Terra - o que é absolutamente mais grave por demonstrar que pouco ou nada podemos fazer impedi-lo.



As consequências da atividade humana em nosso meio-ambiente são comprovadas e, infelizmente, podem ser observadas diariamente. Até mesmo o governo chinês está tomando medidas para enfrentar a poluição problemática em curso espalhada por todas as cidades chinesas. Eles recentemente decidiram tomar medidas drásticas, como o fechando de até 40% de suas fábricas [1]. Um dos problemas que todos enfrentamos é o aquecimento global. Novos dados de especialistas da NASA, obtidas por meio de fotografias de satélite, mostram que as geleiras da Groenlândia estão derretendo duas vezes mais rápido do que o esperado anteriormente. No entanto, em um artigo recente publicado em setembro passado, cientistas expuseram novos resultados mostrando um impacto muito menor do CO2 na mudança climática [2]. Eles revisaram seu modelo e anunciaram que sua estimativa anterior superestimava em 50% o impacto do CO2, o que significa que o orçamento de emissões é agora 2 a 3 vezes maior, tornando o acordo de Paris mais viável.

É claro que liberar bilhões de toneladas de gases na atmosfera afetará toda uma série de sistemas em nossa biosfera, levando ao aumento da acidificação da água, bem como ao aumentando da quantidade de gases na atmosfera que absorvem a radiação solar, e resultando em temperaturas crescentes (efeito estufa). Mas outros fatores também afetam as temperaturas globais, incluindo aí a posição da Terra em relação ao Sol, que muda durante longos periódicos cíclicos - os ciclos de Milankovitch - bem como a própria atividade solar. Como Nassim Haramein explicou em 2005 [3], à medida que a atividade das manchas solares aumenta, os níveis de radiação também aumentam:

Portanto, um aumento na atividade das manchas solares resultaria em um aumento na radiação em todo o nosso sistema solar. Como o Sol representa 99,8% da massa do nosso sistema solar, mesmo alguns graus de mudança do calor emitido por nossa estrela teriam grandes consequências na temperatura geral da Terra e nos seus padrões climáticos. O aumento na força das explosões solares que tem sido observado nos últimos anos, assim como a explosão solar de novembro de 2003, projeta partículas de plasma altamente ionizadas em nosso sistema solar que, eventualmente, são capturadas nas linhas magnéticas da Terra e são transportadas para os vórtices geomagnéticos nos polos. Eles estão aquecendo a atmosfera e as calotas de gelo, resultando no colapso acelerado das camadas de gelo.


O que está acontecendo no sistema solar?

Estudando-se o clima da Terra há décadas, sabe-se que as consequências diretas de uma rápida mudança climática podem ser: o aumento da temperatura global, o encolhimento das geleiras, o recuo dos glaciares, o aumento de eventos climáticos extremos, mais ondas de calor e furacões mais fortes. E muitas dessas mudanças estão sendo observadas em outros planetas do nosso sistema solar. Graças às sondas enviadas durante as últimas décadas [4], começamos a ter uma boa noção de como é o clima em nossos planetas vizinhos. E o clima nesses planetas é bem interessante, exceto em Mercúrio. Praticamente sem atmosfera, as mudanças climáticas de Mercúrio não são observadas como tempestades, mas sim como grandes oscilações na temperatura de sua superfície.

Durante os últimos anos, os astrônomos observaram nos demais planetas do sistema solar algumas mudanças importantes em termos de atividades de super tempestades, ventos fortes e até derretimento de gelo. Em Netuno, estranhas tempestades semelhantes às que ocorrem na Terra foram observadas em agosto de 2017, levantando questões sobre como elas se formaram e persistiram [5]. Em Urano, o chamado "planeta monótono", percebe-se que ele não é nada calmo. Por baixo de sua cor azulada e plácida, já há algum tempo coisas realmente selvagens vem acontecendo. Em 2014, astrônomos de Berkeley relataram a atividade recorde de tempestades [6]. Outras ocorrências de super tempestades foram vistas em Saturno em 2011. Uma deles era tão poderosa que se estendeu ao redor de todo o planeta [7]. Em Júpiter, algumas mudanças importantes foram vistas na Grande Mancha Vermelha. A sonda Cassini-Huygens, lançada em 1997, passou por Júpiter e coletou dados da mancha em 2000 e 2001. Tais medições revelaram que Júpiter emite 67% mais radiação do que recebe do Sol. Acredita-se que essa fonte interna de calor seja a responsável por ditar o clima de Júpiter, inclusive a Grande Mancha Vermelha. No entanto, após anos de relativa estabilidade, a mancha está mudando rapidamente. As observações do telescópio Hubble mostraram, em 2012, uma nova estrutura de ondas em uma região de ciclones e anticiclones. É claro que a atmosfera de Júpiter está se movendo e a Grande Mancha Vermelha está evoluindo [8]. Além disso, observações mostram que as calotas polares estão derretendo, não apenas na Terra, mas em Marte também [9]. Em 2005, dados das missões Mars Global Surveyor e Odyssey da NASA revelaram que as "calotas polares" de dióxido de carbono perto do polo sul de Marte estavam diminuindo, por três verões seguidos. E finalmente, em Vênus, em junho de 2013, o registro mais detalhado da movimentação de nuvens relatado pela Venus Express (da ESA) revelou que os ventos do planeta têm se tornado cada vez mais rápidos nos últimos seis anos [10].

Todas essas evidências do aquecimento global em todo o nosso sistema solar durante esta última década são realmente difíceis de explicar. Obviamente, isso não está ligado a nenhuma atividade humana. Pelo contrário, diferentes estudos estão mostrando uma ligação das mudanças climáticas com a atividade solar e também com os raios cósmicos.


Os efeitos climáticos da atividade solar e dos raios cósmicos

Muitos estudos estão sendo realizados para identificar qualquer relação entre o clima, a atividade solar e os raios cósmicos. A atividade solar é impulsionada pelo campo magnético do Sol. Ela se manifesta de muitas formas, como erupções solares, ejeções de massa coronal, vento solar de alta velocidade e partículas energéticas solares. As flutuações observadas estão em escalas de tempo que variam de uma fração de segundo até bilhões de anos. Com relação aos raios cósmicos, eles são fragmentos de átomos que "chovem" na Terra, alguns deles vindos do Sol, mas a maioria vindo de fora do sistema solar. No entanto, as origens dos raios cósmicos de maior energia permanecem desconhecidas, e esse é o assunto de muitas pesquisas.

Pesquisas recentes mostraram uma ligação entre as correntes de vento solar de alta velocidade e os ciclones extratropicais mais fortes [11]. O cientista que realizou o estudo observou que os ciclones extratropicais mais intensos tendem a ocorrer após a chegada de correntes de vento solar de alta velocidade. Além disso, a pesquisa mostra que as ondas de gravidade auroral podem desempenhar um papel na liberação de instabilidades que levam à tempestades. Desde 2008, muitos estudos vem apontando para a influência do vento solar sobre os ciclones extratropicais, assim como estabelecendo uma ligação mediada por ondas gravitacionais atmosféricas aurorais [12]. Da mesma forma, a modulação do vento solar foi correlacionada com a atividade global de ciclones tropicais [13]. Este ano, os cientistas também demonstraram a influência do campo geomagnético na evolução dos ciclones extratropicais [14]. E, ainda mais surpreendente, os raios cósmicos parecem estar relacionados às variações de temperatura global a longo prazo [15]. Uma equipe russa demonstrou que uma grande proporção das variações climáticas pode ser explicada pelo mecanismo de ação da irradiância solar e dos raios cósmicos. No entanto, até poucos anos atrás, não estava claro como os raios cósmicos poderiam ter tal efeito sobre o clima da Terra.

De fato, geralmente somos raramente impactados pelos raios cósmicos graças à deflexão do campo geomagnético da Terra. Mas, quando os raios cósmicos atravessam essa barreira, essas partículas de altas energias vindas principalmente de fora do nosso sistema solar chegam à Terra, criando as Luzes do Norte, também conhecidas como Aurora Boreal. No entanto, parece que a Terra está recebendo muito mais energia vinda do espaço devido a outro mecanismo chamado reconexão magnética. Este fenômeno é a aniquilação e rearranjo de campos magnéticos em um plasma [16]. Isso ocorre frequentemente quando os plasmas - que transportam linhas de campo dirigidas de maneira oposta -  colidem. Em nosso caso, parece que a reconexão magnética é capaz de redirecionar uma grande parte da energia contida em uma chama solar ou plasma cósmico diretamente para o polo planetário (veja abaixo a animação). Esta entrada de energia poderia explicar como ocorre parte da transferência da energia dos raios cósmicos e da atividade solar para nossa atmosfera.



O aquecimento global vai parar?

Muitas evidências são visíveis, não só na Terra mas também em todos os planetas do nosso sistema solar, de que as mudanças climáticas estão acontecendo em um período muito curto de tempo. Essas mudanças parecem estar ligadas à atividade solar. Os aumentos na temperatura parecem estar correlacionados com as manchas solares (ver gráficos abaixo). Estudar a atividade solar e prevê-la poderia dar pistas para o clima futuro em nosso planeta, e os cientistas tem feito esse monitoramento de maneira cuidadosa por anos. Desde o "máximo solar" em 2014, as observações estão mostrando uma diminuição importante da atividade do Sol, e os astrofísicos estão prevendo uma queda de sua intensidade em cerca de 60% para 2030, para atingir níveis de "mini era glacial". Isso pode estar em contradição com o aquecimento global que estamos enfrentando agora, mas na verdade não está.


Com a diminuição da atividade solar, o campo magnético da nossa estrela também está perdendo força. Essa heliosfera nos protege de raios cósmicos galáticos nocivos e partículas de alta energia que passam pelo universo [17], formando uma gigantesca bolha que envolve e protege todo o nosso sistema solar. Graças à sonda Voyager 1 - que rompeu os limites do nosso sistema solar - agora temos uma boa visão deste efeito de blindagem que nosso Sol nos dá. Essa parece ser uma proteção indispensável para que nosso trânsito veloz pelo Universo ocorra com sucesso [18]. Mas, com uma heliosfera mais fraca, a Terra começará a ser atingida cada vez mais por raios cósmicos.



Em 2017, inúmeros relatos mostraram evidências crescentes de impactos de raios cósmicos à medida que a atividade solar se aproxima do mínimo [19]. E para acentuar esse fenômeno, o campo magnético da Terra também está enfraquecendo. Isso é ilustrado pelo aumento da velocidade de deslocamento dos polos magnéticos da Terra durante a última década, o que pode ser visualizado na animação abaixo.



A Terra está perdendo rapidamente dois de seus escudos magnéticos naturais, que são uma proteção contra os raios cósmicos. Mas, na realidade, a Terra tem tido três protetores magnéticos há muito tempo, sendo o terceiro a Nuvem Interestelar Local. Na verdade, o nosso sistema solar tem viajado através dessa nuvem de densidade muito baixa, que cerca uma região com cerca de 30 anos-luz de diâmetro. Esta nuvem ionizada, por sua composição, estava agindo como um escudo magnético de todas as partículas ionizadas pesadas vindas do Universo profundo. No entanto, esta terceira proteção da Terra está quase acabando. O sistema solar está se movendo agora por uma região de baixa densidade desta nuvem [20] e já começamos a ver o efeito em termos de um aumento crescente na absorção de raios cósmicos. Embora seja muito difícil prever o clima e a temperatura a longo prazo, podemos supor que os eventos meteorológicos extremos podem se tornar frequentes em um futuro próximo.


Referências:


O que está acontecendo no sistema solar?

 

Os efeitos climáticos da atividade solar e dos raios cósmicos

 

O aquecimento global vai parar?






Libre tradução do artigo "Is our solar system heating up?" publicado em https://resonance.is/solar-system-heating/

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