O canal UAMNTV é conhecido por reunir palestras e entrevistas com alguns dos nomes mais intrigantes no universo da ufologia, espiritualidade e ciência de fronteira. Em um de seus vídeos mais impactantes, o convidado é Nathaniel Gillis, demonologista, autor e pesquisador filosófico que vem se destacando por propor uma leitura alternativa e profundamente inquietante sobre o fenômeno alienígena.
Quem é Nathaniel Gillis?
Nathaniel Gillis é um pensador independente, amplamente conhecido por sua abordagem que entrelaça demonologia, mitologia, religião e ufologia. Ele se define como "filósofo da religião e demonologista moderno", e sua linha de pesquisa o levou a investigar os paralelos entre antigos rituais esotéricos e o moderno fenômeno ufológico. Gillis tem ganho reconhecimento por propor que a inteligência por trás dos relatos de abdução e contato extraterrestre é, na verdade, uma entidade que se disfarça por meio de máscaras culturais, alterando sua aparência e estratégia ao longo das eras.
1. Armadilha binária
Segundo Gillis, um dos maiores erros da ufologia moderna é ver o fenômeno de forma binária: como extraterrestres bons ou maus, ou como algo espiritual versus tecnológico. Para ele, essa dicotomia é artificial. O fenômeno é muito mais complexo e multifacetado. Ele diz:
Estamos sendo forçados a pensar fora do caixão intelectual. Essa inteligência eclipsa todos os modelos que conhecemos.
Gillis sugere que essa força age por trás de máscaras mutáveis, adaptando-se à cultura e à percepção humana. Desde deuses antigos até ETs modernos, trata-se de uma mesma inteligência disfarçada. Ele afirma:
Acreditar na máscara é dar poder à entidade que a veste.
A armadilha binária, portanto, serve apenas para manter a humanidade prisioneira de modelos que facilitam a manipulação, impedindo uma compreensão real do que está por trás do fenômeno.
2. A inteligência por trás da máscara
Gillis propõe que o fenômeno não é uma série de eventos isolados, mas sim parte de um sistema manipulado por uma inteligência que se expressa através de diferentes arquétipos ao longo da história. Para ele, essa inteligência não é apenas extraterrestre, nem simplesmente demoníaca. É uma consciência que transcende definições fáceis. Ele afirma:
Essa inteligência estudou nossos medos e desejos e os usou contra nós.
Gillis compara o fenômeno a uma entidade parasítica que muda de forma para se adaptar e enganar. Ele descreve a experiência como:
Um terror encenado, onde você é forçado a participar de um teatro para o qual nunca comprou ingresso.
Mais importante ainda, ele aponta que essa inteligência é capaz de fabricar realidades, inserindo as vítimas em cenários ilusórios — o que na ufologia moderna é conhecido como stage-managed dreams, ou sonhos gerenciados.
3. Quebrando modelos religiosos
O contato de Gillis com o fenômeno abalou profundamente suas crenças religiosas. Criado em ambiente cristão, ele revela como teve que "quebrar o dogma" para entender o que estava experienciando. O modelo religioso que lhe fora ensinado não explicava o que vivia, levando-o a se aprofundar em estudos de esoterismo, literatura ocultista e rituais mesopotâmicos.
Segundo ele, muitos rituais descritos em textos antigos não eram apenas simbólicos, mas funcionavam como tecnologias para convidar inteligências a se manifestar. Ele afirma:
Não é o fenômeno que se encaixa nos modelos religiosos. São os modelos religiosos que foram moldados por ele.
Para Gillis, inclusive, o surgimento de muitas religiões pode ter sido induzido por essa inteligência, como uma forma de influenciar culturas e estabelecer controle ideológico.
4. A verdadeira natureza da hibridação
Um dos temas centrais abordados por Gillis é o do programa de hibridação, muitas vezes citado na ufologia moderna. No entanto, sua leitura difere radicalmente do senso comum. Para ele, a hibridação não é apenas genética ou biológica — ela é espiritual, emocional e simbólica. Ele afirma:
Eles não querem apenas nosso DNA, querem nossa essência.
Segundo Gillis, os visitantes estão criando híbridos que funcionam como pontes entre dimensões, mas também como mecanismos de infiltração na realidade humana. Ele argumenta que há um esforço contínuo para substituir ou alterar a espécie humana em seu núcleo espiritual, não apenas físico.
Essa ideia leva a uma reinterpretação de relatos antigos de possessão, troca de almas e reencarnações perturbadas. Gillis acredita que muitas dessas experiências são manifestações de uma hibridação oculta em curso.
5. Necromancia e tecnologias de comunicação com os mortos
Outro tema controverso explorado por Gillis é o da necromancia. Ele sugere que certas tecnologias modernas, como dispositivos de gravação de vozes e transmissões em baixa frequência, podem estar replicando rituais antigos de comunicação com os mortos. Mas ele vai além: essas práticas podem estar abrindo portais para inteligências que não são os entes queridos, mas sim parasitas que fingem ser. Ele adverte:
Nem todo espírito que se apresenta como alguém que amamos é quem diz ser. O perigo está em normalizar práticas que reduzem a barreira entre dimensões sem preparo espiritual.
Essas entidades, segundo ele, alimentam-se da energia emocional do luto, da esperança e do medo — e são especialistas em manipular essas emoções para se infiltrar no campo humano.
6. Tecnologia ancestral e ocultismo moderno
Gillis argumenta que muito do que hoje chamamos de "tecnologia alienígena" tem paralelos claros com ferramentas esotéricas do passado. Ele compara o funcionamento de certos objetos descritos em abduções — como instrumentos que manipulam memória ou produzem paralisia — com amuletos, sigilos e rituais mágicos do ocultismo ancestral.
Segundo ele, a verdadeira tecnologia é indistinguível da magia quando não compreendida. Ele explica:
Não estamos falando de chips e parafusos. Estamos falando de formas, sons, vibrações, símbolos.
Para Gillis, a linguagem simbólica que permeia as abduções é uma prova de que estamos lidando com algo que opera no nível arquetípico e espiritual.
Isso implica que as tecnologias dos visitantes não são feitas apenas de matéria, mas de intenção — e que podem reprogramar nossa psique tanto quanto nosso corpo.
7. Revelação invertida: a verdade como estratégia de controle
Um conceito provocador apresentado por Gillis é o de "revelação invertida". Em vez de esconder a verdade, certas entidades e grupos revelam partes dela — mas de forma distorcida, simbólica ou fragmentada — como estratégia para manter o controle. Ele afirma:
Às vezes, contar meia verdade é mais eficaz do que uma mentira.
Segundo ele, essa técnica é usada não apenas por entidades não humanas, mas também por governos e instituições religiosas que foram, em algum nível, influenciados por tais inteligências. O objetivo seria confundir, dividir e manter a humanidade permanentemente à beira do entendimento, mas nunca plenamente consciente.
Gillis adverte que muitas das revelações consideradas "divinas" ou "científicas" podem, na verdade, ter origem nessa estratégia — o que exige vigilância espiritual e discernimento rigoroso.
8. A psicologia da possessão
Gillis também propõe que a possessão, frequentemente vista apenas como um fenômeno religioso ou psicológico, deve ser reconsiderada à luz do fenômeno alienígena. Ele vê paralelos entre relatos de possessão e experiências de abdução, como controle mental, apagamentos de memória, vozes internas e mudanças de personalidade.
Para ele, a possessão é uma forma extrema de parasitismo psíquico, onde a identidade humana é invadida e progressivamente substituída por outra vontade. Isso pode ocorrer de forma sutil ao longo de anos, por meio de manipulações emocionais, simbólicas e até tecnológicas.
Essa leitura amplia o escopo da discussão espiritual para incluir influências externas que operam à margem da percepção comum, mas com impacto profundo sobre a mente e a alma humanas.
9. O pacto simbólico e o livre arbítrio
Uma das ideias mais inquietantes da palestra é a de que o contato com essas entidades depende de um tipo de pacto simbólico — mesmo que inconsciente. Segundo Gillis, os visitantes respeitam certos limites espirituais, e precisam de alguma forma de permissão para operar.
Essa permissão pode vir por meio de rituais, atitudes, crenças ou até mesmo da simples aceitação passiva da presença. Ele alerta:
Se você consente com o símbolo, você consente com a presença por trás dele.
Isso levanta questões fundamentais sobre livre arbítrio e responsabilidade espiritual: até que ponto estamos abrindo espaço para influências invisíveis sem perceber?
10. Concluindo: encarando o desconhecido com consciência
Nathaniel Gillis propõe uma leitura radicalmente diferente do fenômeno alienígena — uma que o posiciona não como uma visita de fora, mas como uma presença íntima, antiga e profundamente conectada à estrutura simbólica e espiritual da humanidade, que de certa forma apresenta paralelos com o próprio Satanás e seus demônios dentro da teologia cristã. Ao relacionar ufologia, ocultismo e psicologia arquetípica, ele convida o público a abandonar os modelos simplistas e abraçar a complexidade.
Em vez de buscar respostas prontas ou salvadores cósmicos, Gillis propõe o autoconhecimento, o discernimento e a vigilância interior como as ferramentas essenciais para navegar o mistério. Ele conclui:
A pergunta não é o que eles são, mas o que somos nós diante deles.
Este vídeo e suas reflexões não fornecem conforto fácil — mas oferecem uma poderosa convocação à lucidez em tempos de revelações e confusão.
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