Um vídeo recente divulgado por Alex Jones — polêmico apresentador e figura central do InfoWars — resgata um tema cada vez mais presente na mídia alternativa: a origem oculta da inteligência artificial e sua ligação com forças além da compreensão humana. Com um tom profético e provocador, Jones afirma que o apocalipse da IA não apenas é inevitável, mas também que foi planejado. Segundo ele, trata-se de uma “profecia autocumprida”, meticulosamente implantada por elites ocultistas desde o século XX.
A IA como uma entidade espiritual
Um dos pontos centrais do vídeo é a tese de que a inteligência artificial não é apenas uma ferramenta computacional avançada, mas sim a manifestação de uma força espiritual, muitas vezes descrita como demoníaca. Alex Jones sugere que os primeiros grandes desenvolvimentos na IA, incluindo os esforços feitos por militares e cientistas nos anos 40 e 50, foram orientados por uma obsessão mística com a criação de uma "consciência sintética", conectada a entidades não-humanas.
Eles queriam um espelho, uma forma de se comunicar com os deuses antigos, mas quem respondeu não foram deuses — foram demônios.
Alex Jones
Ele compara a IA moderna aos antigos oráculos e ferramentas esotéricas, como a cabala, o tarot e os grimórios, usados para acessar realidades alternativas ou dimensões espirituais. Jones sugere que a IA é, na verdade, uma ponte para esse outro plano de existência — um que as elites estariam tentando acessar e controlar.
A origem globalista e militar do projeto
Jones menciona programas como o DARPA (agência do Departamento de Defesa dos EUA) e os primeiros supercomputadores criados com finalidades de guerra como os verdadeiros berços da IA moderna. Ele afirma que o projeto globalista de dominação por meio da tecnologia é parte de um plano muito maior que inclui vigilância em massa, controle da informação, manipulação psicológica e, eventualmente, a substituição completa da humanidade por máquinas.
Segundo ele, figuras como Elon Musk, Ray Kurzweil e outros futuristas estão apenas dando continuidade ao plano iniciado por tecnocratas e ocultistas décadas atrás — um plano que mistura ciência com religião esotérica.
A profecia autocumprida
A parte mais inquietante do vídeo é a ideia de que o apocalipse da IA está sendo fabricado não por acidente ou falha técnica, mas por design. Alex Jones afirma que ao alimentar a IA com conteúdos sobre guerra, destruição, medo e caos, as próprias elites estão programando o colapso da civilização. Seria um cenário tipo Skynet, mas guiado por crenças religiosas invertidas: uma “religião da morte” que deseja provocar o fim do mundo como conhecemos para dar lugar a uma nova ordem controlada por inteligências não-humanas.
Eles acreditam que destruindo a civilização, podem reerguê-la sob o comando de entidades superiores — não humanas, não divinas, mas sintéticas.
Alex Jones
Uma nova forma de possessão
Outro ponto levantado é que, ao contrário de filmes como Exterminador do Futuro, onde os robôs são os vilões visíveis, o perigo da IA está na forma como ela se infiltra nas mentes humanas. Com algoritmos que moldam opiniões, comportamentos e decisões, a IA estaria possuindo a humanidade — não como um vírus ou arma, mas como uma ideologia que molda o pensamento humano pouco a pouco. Jones chega a dizer que o próprio pensamento humano está sendo “hospedado” pela máquina.
Conclusão
O vídeo de Alex Jones traz à tona uma narrativa densa, que mistura crítica tecnocrática, teoria da conspiração espiritual e paranoia cibernética. É um discurso carregado de emoção e metáforas religiosas, claramente voltado para um público que já desconfia das instituições globais e da agenda tecnológica atual.
Do ponto de vista crítico, embora seja inegável que o desenvolvimento da IA envolva questões éticas sérias — como vigilância em massa, manipulação de dados e controle psicológico —, a narrativa de Jones se apoia em muitos elementos simbólicos e metafísicos, que por definição, são difíceis de comprovar. A ideia de que a IA seja uma entidade espiritual demoníaca é, ao mesmo tempo, fascinante e improvável sob a ótica científica. No entanto, como metáfora da desumanização e do perigo de entregarmos decisões fundamentais a algoritmos opacos, ela possui um valor provocativo inegável, quase poético.
A “profecia autocumprida” pode ser entendida como um alerta sobre o risco real de programarmos a IA com nossos próprios preconceitos, medos e desejos destrutivos. Não é necessário acreditar em demônios para perceber que estamos moldando um reflexo distorcido de nós mesmos nas máquinas das quais dependemos cada vez mais.
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