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Em decorrência da audiência sobre UAPs que ocorreu no Congresso dos Estados Unidos no último dia 13 de novembro de 2024, comentado em meu último vídeo, que você pode ver clicando no card afixado, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, por meio do AARO, publicou em 14 de novembro de 2024 o seu relatório anual consolidado do ano fiscal de 2024 sobre o UAPs.
O documento, com apenas 18 páginas, detalhe aos trabalhos e resultados do AARO com relação a um total de 757 novos casos de avistamento de UAPs, que ocorreram majoritariamente de primeiro de maio de 2023 até primeiro de junho de 2024, com alguns outros casos que ocorreram nos anos de 2021 e 2022, que não haviam sido reportados nos anos fiscais anteriores.
Do 757 casos, 292 deles foram explicados como coisas prosaicas como balões, aviões, drones, pássaros e satélites. Destes casos, quase três quartos relacionaram-se apenas a balões, sendo este o campeão de falsos positivos. Dos 416 casos restantes, 243 estão em vias de serem concluídos como explicáveis por coisas igualmente prosaicas. O restante está em análise ou aguardando que uma análise seja iniciada, sendo que muitos são pobres em dados, o que torna sua análise muito difícil. estes, pelo menos 21 casos foram considerados como merecedores de análises adicionais. Isso significa que neste último ano fiscal a AARO recebeu em média mais de dois relatos de avistamento de UAPs por dia.
Os relatórios recebidos e analisados pelo AARO vieram da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos, que por sua vez os receberam de pilotos da aviação civil e comercial. Tais relatos foram feitos semanalmente, e representaram um aumento se comparados aos anos fiscais anteriores.
Segundo a AARO, os padrões históricos de formas dos objetos avistados se mantiveram, com luzes e objetos redondos ou esféricos sendo os mais relatados. O mesmo pode ser dito a respeito da altitude em que os objetos relatados foram avistados, com a tendência histórica permanecendo sem alterações.
Com relação à geografia, a tendência de alta em relatos próximos a localizações militares continua. Os relatórios de avistamentos próximos a bases militares norte-americanas em todo mundo continuam elevados, com 81 sendo dentro do próprio país, 100 na região do leste asiático, e 57 no Oriente Médio, sendo que muitos destes relatórios constataram que se tratavam de balões, drones ou satélites.
O relatório continua, comentando que tem havido uma tendência cada vez maior de relatos ligados ao que se constatou, após as análises, à constelação de satélites da Starlink. Isso pode ser explicado devido à expansão constante da Starlink, que tem colocado cada vez mais satélites em órbita.
A quantidade de avistamentos ligados a pássaros também tem aumentado, uma vez que o efeito de pixelização distorcida, que ocorre na maior parte das câmeras digitais de uso civil, causam efeitos que simulam o que comumente é chamado de Orb ou Disco Voador, com o bater de asas das aves sendo distorcido, em um efeito que se assemelha a um pulsar ou piscar em tais equipamentos.
O relatório continua, afirmando que apenas um dos relatos deste ano fiscal foi considerado como um problema de segurança de voo. Neste caso, uma tripulação aérea comercial relatou um quase acidente com um objeto cilíndrico enquanto sobrevoava o Oceano Atlântico, na costa da Nova York. Este é um dos casos ainda em análise.
A AARO ainda recebeu um total de 18 relatórios do Administrador para Segurança Nuclear e Presidente da Comissão Reguladora Nuclear sobre incidentes, todos perto de infraestrutura nuclear dos Estados Unidos, como usinas e também bases de silos de mísseis. Todos eles foram categorizados como drones, mas a natureza deles não foi esclarecida. Como em pelo menos um caso, ocorrido na usina nuclear Cook, no Michigan, em 3 de agosto de 2023, o drone se acidentou e foi recolhido, tendo sido entregue à polícia local para aplicação da lei, subentende-se que se tratavam de drones civis comuns, operados por pessoas próximas, que estavam infringindo a lei ao sobrevoar e filmar estes locais proibidos de segurança máxima. Malditos YouTubers...
O relatório continua, dizendo que que nos relatórios não foram apontados impactos fisiológicos ou de saúde, e relatando todo o corpo técnico que está auxiliando a AARO nas análises, como serviços militares, todo o Estado Maior e diversos centros de pesquisa de excelência, como o Laboratório Nacional de Oak Ridge, o Instituto de Pesquisa Tecnológica da Georgia, o Instituto de Tecnologia de Massachusets e a NASA.
Uma curiosidade no entanto está na seção que fala da divisão de ciência e tecnologia. Eles citam que iniciaram a coleta de dados usando um protótipo de sistema de sensores, chamado de GREMLIN, para detectar, analisar e caracterizar UAPs. Segundo eles, o GREMLIN demonstrou funcionalidade e coletou dados com sucesso durante um evento de testes em março de 2024. Fruto de estudos da AARO em conjunto com o Laboratório Nacional de Oak Ridge, o conjunto de sensores contém radares 2D e 3D, monitores de espectro de radiofrequência, sensores eletro-óticos infravermelhos de longo alcance e sistema de gerenciamento de tráfego aéreo. Este conjunto de sensores poderá fazer um trabalho excelente no sentido de descartar rapidamente explicações prosaicas como satélites, aviões e drones.
Diante do que foi citado na última audiência sobre UAPs do congresso, como falo no vídeo que você pode ver no card afixado, muitas pessoas esperavam mais deste relatório. Ele não trouxe nenhuma grande novidade, e deixou dúvidas sobre a AARO estar fazendo um trabalho de informação ou de desinformação, algo do qual vem sendo acusado desde sua criação em 2022. Se por um lado o rigor científico aplicado pelo AARO pode, de fato, dar explicações nada fantásticas de que a maioria esmagadora dos relatos são frutos de falhas de interpretação ou engano, por outro a suspeita de que trata-se de mais uma tentativa de acobertamento oficial tem sido muito forte, com acusações de uma enorme rede compartimentalizada no governo, que opera nas sombras, financiada com orçamentos secretos. Os controles de privilégio de segurança envolvendo o assunto são, de fato, tão altos que nem o Congresso, e nem o próprio Presidente, sabem da maior parte do que ocorre, com programas dentro de programas, organizados de tal forma que pouquíssimas pessoas sabem, de fato, da verdade completa.
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