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VIDA NO GELO EM MARTE

 


Há um novo vídeo no nosso canal no Youtube, veja abaixo a transcrição ou assista ao vídeo se assim desejar.

Por décadas, Marte tem sido um foco da busca por vida extraterrestre. Mas e se a resposta para essa antiga pergunta estiver escondida não em sua superfície desértica, mas sob camadas de gelo?

O novo estudo da Nasa sugere que as condições para a vida podem estar presentes nas regiões geladas de Marte, desafiando tudo que pensávamos saber. Recentemente, os cientistas da Nasa publicaram seu estudo inovador na revista Nature Communications Terra & Meio-ambiente. Utilizando modelos de computador, eles demonstraram que a luz solar poderia atravessar camadas de gelo na superfície de Marte criando condições semelhantes às encontradas na Terra em ambientes ricos em vida, como os ecossistemas congelados dos polos.


A pesquisa levanta uma questão intrigante: Marte poderia abrigar micro-organismos fotossintéticos abaixo de suas camadas de gelo?

Aditya Khuller, líder do estudo, disse o seguinte a respeito:

As áreas de gelo marciano são provavelmente alguns dos lugares mais acessíveis onde poderíamos procurar por sinais de vida. 

Na Terra, ecossistemas prósperos foram descobertos dentro de piscinas de água congelada. Bolsas de água líquida, formadas dentro de blocos de gelo, abrigam vida microbiana, como algas e cianobactérias. O gelo serve de proteção contra a radiação solar e mantém condições estáveis para a vida. Esses ecossistemas são formados quando partículas de poeira pousam sobre o gelo  absorvem calor. Esse calor provoca o derretimento do gelo ao redor criando pequenas cavidades onde a vida pode prosperar.

No caso de Marte, os cientistas acreditam que a poeira, combinada com a luz solar, poderia aquecer o gelo suficiente para criar essas piscinas de água líquida, mesmo que apenas alguns metros abaixo da superfície. Esse fenômeno, conhecido como crioconita, é comum na Terra e poderia estar ocorrendo em Marte nas latitudes entre 30º e 60º tanto no hemisfério norte quanto no Sul.

Quanto a isso, Phil Christensen, co-autor do estudo, disse o seguinte:

O gelo não derrete de cima para baixo, mas sim de dentro para fora, criando ambientes favoráveis para a vida.

Um dos maiores desafios para a vida em Marte é a radiação solar. Sem um campo magnético como o da Terra, a superfície marciana é bombardeada por radiação prejudicial. No entanto, o estudo sugere que o gelo pode fornecer proteção contra esses efeitos nocivos, preservando a água líquida abaixo da superfície e oferecendo um ambiente seguro para microrganismos.

Com essas novas descobertas, a hipótese de que Marte pode abrigar vida simples se torna mais concreta. Se pequenas piscinas de água líquida realmente existirem sob o gelo como sugerem os modelos, micro-organismos fotossintéticos poderiam estar ali, longe da radiação e em temperaturas que permitiriam sua sobrevivência.

Aditya Khuller, líder do estudo, falou mais a respeito:

As futuras missões humanas a Marte podem focar na perfuração dessas regiões geladas em busca de sinais de vida escondidos.

Embora ainda não tenhamos encontrado provas definitivas de vida em Marte, as regiões cobertas de gelo são, hoje, os locais mais promissores para essa descoberta. Missões futuras da Nasa, como programa Artemis e outras sondas robóticas, podem nos ajudar a responder essa pergunta.

A vida em Marte, se existir, provavelmente será simples, microscópica. Mas com imenso impacto no nosso entendimento do Universo. Estamos cada vez mais próximos de desvendar os segredos do planeta vermelho. Será que encontraremos vida em Marte nos próximos anos? Ou o planeta é estéril de vida?

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