A existência de dezenas de sociedades secretas espalhadas pelo mundo é inegável. Das mais conhecidas como a Maçonaria, os Illuminati e o Skull and Bones passando por algumas bastante obscuras e desconhecidas como a Ordo Templi Orientis (O.T.O.), a Le Cercle e a Propaganda Du , sua existência é incontestável, assim como o fato de que estas sociedades são constituídas por homens de grande poder e influencia (como ex-presidentes dos EUA, políticos de grande influência, magnatas internacionais, influenciadores de todo tipo, banqueiros e líderes religiosos) e seus membros comprovadamente se reunirem para a realização de rituais ocultistas sobrenaturais. Estes fatos podem ser comprovados no decorrer da história por farta documentação em atas, notícias, fotos, filmagens, eventos e relatos de ex-participantes.
Em suas reuniões eles elaboram agendas desconhecidas do público em escala local, regional e internacional. Pode-se questionar que estejam por trás de diversos eventos globais e guiando a sociedade e os governos como uma mão invisível rumo a uma nova ordem mundial, mas sua existência e o véu de ocultismo em suas ações é inegável. E diante disso, "ligar os pontos" e projetar a intenção e direção de suas ações é uma tarefa relativamente simples.
Mas então, por que a maioria das pessoas não acreditam sequer na existência delas? E quando acreditam, acham que não passa de um clube de pessoas ricas e entediadas, inofensivo? O caso da maçonaria e de como ela conspirou em diversos momentos importantes da história (revolução francesa, independência norte-americana, dentre outros) é ensinado nos livros de história em escolas. Por que ninguém consegue acreditar que eles ainda são capazes de fazer coisas da mesma envergadura hoje, se não até maiores?
A descrença na existência e nas atividades dessas sociedades secretas, apesar das evidências e testemunhos que circulam, pode ser atribuída a vários fatores, que incluem o ceticismo natural, o medo do desconhecido, a complexidade da informação e a influência da mídia.
1. Ceticismo Natural e Educação Científica:
Em uma sociedade moderna onde a educação científica e o pensamento crítico são valorizados, há uma tendência natural de rejeitar explicações que não se baseiam em provas concretas e verificáveis. Muitos preferem explicações racionais e científicas, e acreditam que teorias sobre sociedades secretas, especialmente as que envolvem práticas ocultistas ou sobrenaturais, carecem de evidências sólidas.
2. Complexidade das Teorias:
As teorias sobre sociedades secretas e suas atividades tendem a ser complexas, com múltiplos níveis de interpretação e uma grande quantidade de detalhes que podem ser difíceis de verificar. Isso pode levar ao cansaço cognitivo, onde as pessoas preferem acreditar em versões mais simples e diretas da realidade, como a que apresenta o mundo como um lugar governado por regras sociais, políticas e econômicas compreensíveis.
3. Influência da Mídia e Desinformação:
A mídia tradicional muitas vezes desconsidera ou ridiculariza teorias de conspiração, apresentando-as como exageradas ou falsas. Isso, combinado com a presença de informações falsas ou manipuladas online, pode confundir o público e levar à descrença. A narrativa dominante na mídia tende a apoiar uma visão do mundo que exclui a possibilidade de conspirações massivas e coordenadas. Some a isso o fato de que os grupos de mídia em sua totalidade tem como donos famílias e pessoas ligadas a estas sociedades secretas direta ou indiretamente.
4. Psicologia do Conforto:
Para muitas pessoas, é psicologicamente mais confortável acreditar que o mundo é governado por regras claras e que as ações de indivíduos poderosos são supervisionadas por instituições democráticas e legais. A ideia de que o mundo é secretamente controlado por grupos ocultos com agendas sinistras pode ser perturbadora e gerar medo. Portanto, muitas pessoas podem escolher, conscientemente ou inconscientemente, ignorar ou minimizar essas teorias.
5. Estigmatização e Preconceito:
Aqueles que falam abertamente sobre sociedades secretas e suas práticas muitas vezes enfrentam estigmatização ou são rotulados como teóricos da conspiração, o que pode desincentivar discussões abertas sobre o tema. O preconceito contra essas teorias, mesmo quando baseadas em evidências ou testemunhos, dificulta sua aceitação pública.
6. Mistura de Fatos e Ficção:
Muitas teorias sobre sociedades secretas misturam fatos verificáveis com especulações e mitos, o que dificulta discernir o que é real do que é exagero ou invenção. Essa mistura pode tornar as pessoas mais céticas em relação à totalidade das alegações, rejeitando tudo como ficção ou exagero. Atente que essa mistura inclusive é usada pelas próprias sociedades secretas para causar descrédito quanto a sua própria existência.
7. Acesso Limitado às Evidências:
Embora existam documentos, fotos e relatos de ex-membros, o acesso a essas informações muitas vezes é restrito ou difícil de verificar. Sem uma investigação rigorosa e independente que valide essas evidências, muitas pessoas hesitam em aceitá-las como verdadeiras.
Concluindo
A descrença na existência dessas sociedades e em suas atividades pode ser vista como uma combinação de ceticismo natural, desinformação, estigmatização, e a dificuldade de processar informações complexas e perturbadoras. Embora algumas pessoas reconheçam a possibilidade de que tais sociedades existam e operem, muitas preferem uma visão do mundo que exclui a ideia de que o poder e a influência são exercidos por grupos secretos com agendas ocultas.
Para que essas teorias sejam mais amplamente aceitas, seria necessário um corpo substancial de provas verificáveis e uma mudança na maneira como essas informações são apresentadas e discutidas na esfera pública. O que por natureza nunca existirá uma vez que a a capacidade de evitarem tais evidências é uma das especialidades de tais grupos.
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