A oposição dos ambientalistas às modernas técnicas agrícolas é baseada em péssima ciência e teorias malucas.
"A agricultura parece algo muito simples quando seu arado é um lápis e você está a milhares de quilômetros do milharal."
Essas foram as palavras do presidente dos EUA, Dwight Eisenhower. Hoje, o debate sobre agricultura foi monopolizado por ativistas ambientais com pouca consideração pelas realidades da agricultura.
Em janeiro de 2020, a 11th Oxford Real Farming Conference foi realizada apenas alguns dias após a Oxford Farming Conference.
Ironicamente, enquanto a Oxford Farming Conference apresentava profissionais reais dos setores agrícola, das áreas de biotecnologia ao varejo, a Real Farming Conference se opôs a essa abordagem. A conferência "Real" foi estabelecida para combater a agricultura "industrial". Em vez de "grandes empresas", abrigou agricultores ao lado de eco-alarmistas e iniciativas como a Extinction Rebellion, cujos ativistas protestaram do lado de fora da Oxford Farming Conference, vestidos com roupas de um vermelho brilhante (imagem acima), acusando os participantes do evento de estarem matando o planeta.
Em janeiro de 2020, a 11th Oxford Real Farming Conference foi realizada apenas alguns dias após a Oxford Farming Conference.
Ironicamente, enquanto a Oxford Farming Conference apresentava profissionais reais dos setores agrícola, das áreas de biotecnologia ao varejo, a Real Farming Conference se opôs a essa abordagem. A conferência "Real" foi estabelecida para combater a agricultura "industrial". Em vez de "grandes empresas", abrigou agricultores ao lado de eco-alarmistas e iniciativas como a Extinction Rebellion, cujos ativistas protestaram do lado de fora da Oxford Farming Conference, vestidos com roupas de um vermelho brilhante (imagem acima), acusando os participantes do evento de estarem matando o planeta.
Muitos "guerreiros ecológicos" contestam qualquer agricultura que não seja orgânica e, em particular, condenam fortemente o uso de pesticidas e herbicidas. Os agricultores estão usando herbicidas não para perturbar os ativistas, mas sim em um esforço para aumentar a produção agrícola (barateando os alimentos e tornando-os mais acessíveis a todos). Estes produtos são necessários e seguros. Eles foram aprovados por agências médicas, autoridades de segurança alimentar e governos em todo o mundo.
Além disso, o tipo de agricultura orgânica favorecida pelos ambientalistas é realmente ruim para o meio ambiente. Como Chris Bullivant explica no CapX, a agricultura orgânica produz mais gases de efeito estufa do que a agricultura convencional - até 58% a mais, na verdade.
No entanto, a Real Farming Conference promoveu a ideia de uma "transição orgânica" rumo ao abandono total do uso de cobre, plásticos e "outros insumos controversos". Em vez da agricultura industrial, a conferência promoveu a "agroecologia" e a "agricultura camponesa" - abordagens de retorno a uma agricultura básica, sem fertilizantes sintéticos, pesticidas, transgênicos e herbicidas.
Uma abordagem agroecológica seria na verdade um desastre para o nosso suprimento alimentos (na Inglaterra e também por todo o mundo). Os próprios pesquisadores de agroecologia admitem que essa forma de agricultura diminuiria a produção agrícola em 35%. Mas isso não importa a eles, já que o objetivo dos ativistas é a completa aniquilação da agricultura convencional intensiva, a qualquer custo.
Técnicas modernas de agricultura intensiva livraram com sucesso a maior parte de nossas terras agrícolas de espécies invasoras e outras pragas. Diante desse sucesso óbvio, os oponentes da agricultura moderna tiveram que se voltar a uma ciência bastante questionável.
Em uma conferência de agroecologia no Quênia em junho de 2019, um dos oradores em destaque foi o teórico da conspiração Tyrone Hayes. Sua pesquisa deu origem à infame alegação do monge das teorias da conspiração, Alex Jones, de que a atrazina, um herbicida amplamente utilizado, "torna os sapos gays".
Outro que também foi promovido à orador de primeira linha neste mesmo evento foi Gilles-Eric Séralini, biólogo francês e correspondente de ciências no jornal Le Monde (apesar de, no final, ele não ter comparecido). Séralini é um dos opositores mais conhecidos do mundo quanto a organismos geneticamente modificados (OGM, ou transgênicos). Um grande estudo anti-OGM que ele criou em 2012 foi retirado e desmentido por quatro estudos de financiamento estatal (três pela UE e um pela França). O escândalo ficou conhecido como o "Caso Seralini". O caso contra os OGM é baseado em pseudociência, mas isso não atrapalha o movimento da agroecologia.
A triste verdade é que esses ativistas da agroecologia são influentes. Por exemplo, o chefe da Associação Britânica do Solo, Gareth Morgan, é regularmente citado por jornais de abrangência nacional. Ele está militando pela proibição de todos os pesticidas e fertilizantes, e quer que o governo britânico apoie a agroecologia. O Parlamento Britânico já possui na verdade um Grupo Parlamentar de Agroecologia com membros de todos os partidos. Em 2018, Michael Gove, quando era secretário de meio ambiente, discursou na edição da Real Farming Conference daquele ano.
A agricultura e nosso suprimento de alimentos são importantes demais para serem sacrificados aos projetos de estimação de teóricos da conspiração e ambientalistas radicais.
Bill Wirtz é analista de políticas do Consumer Choice Center. Siga-o no Twitter: @wirtzbill .
Uma abordagem agroecológica seria na verdade um desastre para o nosso suprimento alimentos (na Inglaterra e também por todo o mundo). Os próprios pesquisadores de agroecologia admitem que essa forma de agricultura diminuiria a produção agrícola em 35%. Mas isso não importa a eles, já que o objetivo dos ativistas é a completa aniquilação da agricultura convencional intensiva, a qualquer custo.
Técnicas modernas de agricultura intensiva livraram com sucesso a maior parte de nossas terras agrícolas de espécies invasoras e outras pragas. Diante desse sucesso óbvio, os oponentes da agricultura moderna tiveram que se voltar a uma ciência bastante questionável.
Em uma conferência de agroecologia no Quênia em junho de 2019, um dos oradores em destaque foi o teórico da conspiração Tyrone Hayes. Sua pesquisa deu origem à infame alegação do monge das teorias da conspiração, Alex Jones, de que a atrazina, um herbicida amplamente utilizado, "torna os sapos gays".
Outro que também foi promovido à orador de primeira linha neste mesmo evento foi Gilles-Eric Séralini, biólogo francês e correspondente de ciências no jornal Le Monde (apesar de, no final, ele não ter comparecido). Séralini é um dos opositores mais conhecidos do mundo quanto a organismos geneticamente modificados (OGM, ou transgênicos). Um grande estudo anti-OGM que ele criou em 2012 foi retirado e desmentido por quatro estudos de financiamento estatal (três pela UE e um pela França). O escândalo ficou conhecido como o "Caso Seralini". O caso contra os OGM é baseado em pseudociência, mas isso não atrapalha o movimento da agroecologia.
A triste verdade é que esses ativistas da agroecologia são influentes. Por exemplo, o chefe da Associação Britânica do Solo, Gareth Morgan, é regularmente citado por jornais de abrangência nacional. Ele está militando pela proibição de todos os pesticidas e fertilizantes, e quer que o governo britânico apoie a agroecologia. O Parlamento Britânico já possui na verdade um Grupo Parlamentar de Agroecologia com membros de todos os partidos. Em 2018, Michael Gove, quando era secretário de meio ambiente, discursou na edição da Real Farming Conference daquele ano.
A agricultura e nosso suprimento de alimentos são importantes demais para serem sacrificados aos projetos de estimação de teóricos da conspiração e ambientalistas radicais.
Bill Wirtz é analista de políticas do Consumer Choice Center. Siga-o no Twitter: @wirtzbill .
Livre tradução do artigo "The rise of green conspiracy theories" publicado em https://www.spiked-online.com/2020/03/09/the-rise-of-green-conspiracy-theories/ por Bill Wirtz.
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