Artigo livremente traduzido a partir de http://www.sacred-texts.com/ufo/mib_003.htm |
(Minneapolis Star Tribune) - "Eles se sentaram em silêncio, inclinando-se para o atril em um quarto com painéis escuros perto do Lago Calhoun (nota deste blog: na época, pois atualmente o nome oficial do lago é seu nome original no idioma Dakota, Bde Maka Ska)", como o professor de Nova York (EUA) disse a respeito de seu encontro com um dos misteriosos Homens de Preto. Na plateia haviam pessoas como o biofísico Otto Schmitt, o professor aposentado de engenharia elétrica na Universidade de Minnesota, o físico e desenvolvedor aposentado de aeronaves Cecil Behringer, o médico Steven Zuckerman e o cientista pesquisador de polímeros Arthur Coury, que também é diretor de tecnologia da Medtronic.
Peter Rojcewicz em foto de 2015 |
Peter Rojcewicz disse-lhes que houve centenas - talvez milhares - desses encontros ao longo dos séculos. "Os Homens de Preto fazem parte do continuum de encontros extraordinários - como fadas, monstros, ETs, formas de energia, discos voadores e cruzes flamejantes", disse Rojcewicz, um professor de 37 anos que leciona humanidades e folclore na Juilliard School de Nova York.
A era moderna dos Homens de Preto - visitas de homens misteriosos vestidos de preto que parecem maus e ameaçadores - remonta pelo menos ao início dos anos 50, quando um homem chamado Albert K. Bender supostamente viu um OVNI em Bridgeport, Connecticut (EUA), e mais tarde foi amedrontado pela visita de três Homens de Preto.
Rojcewicz disse ao público que sua própria experiência MIB (Men in Black, ou Homens de Preto em português) ocorreu em 1980. "Eu nunca fui a público com essa experiência antes", disse ele. A maioria dos encontros de MIB da era moderna ocorrem depois do avistamento de OVNIs ou luzes estranhas. Mas o encontro de Rojcewicz não envolveu avistamento algum. Ele estava apenas sentado na biblioteca da Universidade da Pensilvânia (nota deste blog: provavelmente a Van Pelt), lendo um livro sobre OVNIs sugerido por outro professor que achava que Rojcewicz, como folclorista, poderia estar interessado em tais fenômenos. "Então, no canto da minha visão, notei uma perna de calça preta e um sapato preto, gasto" disse Rojcewicz.
As cadeiras dobráveis no auditório da Biblioteca Bakken em 3537 Zenith Ave. S., Minneapolis, MN 55416, pararam de ranger conforme a audiência de Rojcewicz ouvia atentamente. De pé na frente dele, Rojcewicz disse, havia um homem muito magro e pálido. Ele tinha cerca de 6-1 pés de altura (1,85m) e devia pesar cerca de 140 libras (64kg), além de usar terno, sapatos e gravata pretas e uma camisa muito branca. "Seu terno estava folgado e parecia que ele havia dormiu com ele por três dias seguidos", disse Rojcewicz.
Rojcewicz não sabia o que fazer diante da figura. Na época ele não estava ciente do fenômeno dos Homens de Preto, que, ele aprendeu posteriormente, é datado desde os tempos bíblicos. "Ele se sentou na minha frente, como se tivesse caído do teto - tudo em um só movimento, e cruzou as mãos em cima de um pilha de livros na frente dele", Rojcewicz disse. O Homem de Preto perguntou a Rojcewicz então o que ele estava fazendo. Rojcewicz disse que estava lendo sobre discos voadores. "Você viu um disco voador?" o Homem de Preto perguntou. Rojcewicz disse que não. "Você acredita que discos voadores existem?" ele perguntou, e Rojcewicz disse que não sabia muito sobre eles e que não tinha sequer certeza se estava interessado no fenômeno. O homem então gritou: "discos voadores são o fato mais importante do século, e você não está interessado?" e então Rojcewicz disse que tentou acalmá-lo. O homem se levantou e num só movimento desajeitado colocou a mão no ombro de Rojcewicz e disse: "Desejo sucesso em seus propósitos" e então partiu.
Rojcewicz olhou então para o seu público. "Após10 segundos de sua partida eu fiquei muito impressionado e apavorado... Eu tinha a sensação de que aquele homem era sobrenatural e essa ideia me assustou... Me levantei e andei entre as estantes em direção aonde os bibliotecários geralmente ficavam, mas os bibliotecários não estavam lá. Não haviam guardas também - não havia mais ninguém na biblioteca toda... Eu estava aterrorizado ".
Biblioteca Van Pelt na Universidade da Pensilvânia |
Ele voltou então para a mesa onde estava "para me recompor. Fiquei cerca de uma hora ali. Então eu me levantei novamente e, andando pelo lugar, vi que tudo estava de volta ao normal, as pessoas estavam todas lá novamente". Segundo ele, não contou sobre sua experiência em público por temer a reação das pessoas a sua história.
Estaria ele sonhando? Ele não acredita nisso, mas suspeita que estava em algum "Estado alterado de consciência". Rojcewicz disse crer que sua experiência - e a de outros que tiveram encontros com Homens de Preto - ocorrem em algum lugar "no limite" entre a vida real e a fantasia.
Ele vem estudando frequentemente os fenômenos anômalos envolvendo os Homens de Preto desde que teve sua experiência em 1980. Ele entrevistou muitas pessoas que relataram avistar OVNIs, discos voadores e ter contato com Homens de Preto. Ele disse que o Homens de Preto aparecem com mais frequência em trios, mas às vezes aparecem em pares e quartetos. Alguns dos Homens de Preto carregam consigo pastas e se apresentam como investigadores de OVNIs da USAF, ele disse. Os Homens de Preto ainda avisam aos observadores de OVNIs para não comentarem com ninguém a respeito de suas experiências relacionadas a alienígenas do espaço.
Quando os Homens de Preto vão embora, as pessoas normalmente ficam com medo, sofrem tontura e, às vezes, ficam com náuseas, disse Rojcewicz. Frequentemente a vida das pessoas que tem contato com eles são alteradas pela experiência. Alguns se tornam mais bem sucedidos em seus trabalhos e casamentos e relatam um sentimento de joie de vivre (alegria de viver, em francês). Já outros perdem seus empregos e casamentos. Um de seus amigos desistiu de uma ótima posição acadêmica e passou a se esconder, disse ele. Alguns se tornam viciados em drogas, e muitos sentem que foram vitimados de alguma forma, disse ele.
Ele disse que a reação da pessoa varia de acordo com sua cultura, religião e abertura a ideias imaginativas. Para ilustrar os várias tipos de reações, ele citou o caso de uma psiquiatra e seu marido, um professor de educação, que viram um OVNI no estado do Maine (EUA) e, posteriormente, tiveram um encontro com Homens de Preto. "Ela está bem desde então, mas ele não". O professor se tornou letárgico e conturbado depois do encontro.
Rojcewicz, que além da Juilliard School leciona também na Fundação C.J. Jung para Psicologia Analítica, disse suspeitar que a psiquiatra foi capaz de lidar melhor com a experiência porque ela estava mais aberta à questões espirituais, enquanto que o marido, devido a sua formação e experiência de vida, tinha enraizado em si um sistema de crenças baseado apenas no aparentemente razoável.
Em outro caso, Rojcewicz entrevistou uma mulher chamada Deborah, de Burlington, Vancouver (Canadá), que relatou ter sido visitada por um Homem de Preto esbelto, de cerca de 6, 9 pés (2,1 metros) que usava chapéu de coco. Ela disse que sentiu os joelhos fracos enquanto o homem esteve perto dela. Sobre sua experiência, ela falou o seguinte: "Havia algo muito errado com essa experiência - diabolicamente errado". Quando Rojcewicz telefonou para ela a fim de reavaliar suas anotações sobre o caso, houve um sinal sonoro na linha e eles não podiam ouvir um ao outro. Ele rediscou e a linha havia voltado a funcionar bem.
Rojcewicz disse que há referências a Homens de Preto ligadas à Abraão nos tempos bíblicos, e tem havido muitas histórias semelhantes no folclore ao longo dos anos. Muitas vezes os Homens de Preto foram considerados o Diabo em pessoa, ou um de seus representantes. Alguns santos da Igreja Católica Romana tiveram experiências com Homens de Preto. A própria igreja reconhece o possibilidade ao endossar o exorcismo, disse Rojcewicz.
E qual seria uma boa defesa contra os Homens de Preto? "Risos", disse Rojcewicz. "Se eles perguntarem por que você está rindo, diga a eles", Rojcewicz me disse para fazer isso". E ele acrescenta: "Quando você confrontar o mal, não alimente o seu medo. Diga que você não está preocupado - há-há".
Quando a palestra terminou, vários dos participantes foram questionados se levavam as histórias dos Homens de Preto a sério. "Talvez haja algo lá", disse Dennis Skillings, diretor do Projeto Archaeus, que patrocinou o encontro. Mas ele disse duvidar que exista alguma maneira de confirmar que os encontros com os Homens de Preto "realmente tenham acontecido".
Zuckerman, especialista em medicina, disse que achava que Rojcewicz estava falando sério. "Eu tenho um amigo que conhece um sujeito que está investigando relatos de que homens do espaço estão chegando à Terra e fazendo biópsias de músculos da panturrilha das pessoas", disse." Ele diz que os locais das biópsias cicatrizam instantaneamente. "Por que pessoas do espaço fariam biópsia do músculo da panturrilha das pessoas?". "Esta é uma pergunta interessante", disse Zuckerman ,com um sorriso.
O Projeto Archaeus, que é subsidiado pelo fundador da Medtronic, Earl Bakken, traz regularmente pesquisadores do campo do paranormal, a chamada ciência alternativa, para palestras especiais.
Notas e observações deste blog
- Peter Rojcewicz é uma pessoa real. Atualmente trabalha na University of the West em Rosemead, Califórnia (EUA), como um dos diretores da instituição, o que condiz com seu perfil acadêmico. Ele possui perfil no Linkedin inclusive, que confirma que era estudante da Universidade da Pensilvânia na época onde afirma ter se encontrado com o Homem de Preto.
- Peter Rojcewicz possui um artigo publicado no Journal of American Folklore sob o título The "Men in Black" Experience and Tradition Analogues with the Traditional Devil Hypothesis (ou, em livre tradução, As experiências e tradições dos "Homens de Preto" análogas à hipótese tradicional do Diabo). Ela pode ser acessada aqui (em inglês). Isso comprova que ele realmente estudou o fenômeno a fundo. Além do mais, faz sentido o artigo de um folclorista como ele estabelecer correlações entre mitos antigos e os Homens de Preto.
- Não consegui achar a matéria original do artigo traduzido acima na página do mencionado jornal. Provavelmente porque o artigo foi publicado nos anos 80 ou 90 e não havia Internet na ocasião, tão pouco as publicações antigas foram digitalizadas e disponibilizadas a público. Estimo que o artigo e a palestra referida deva ter ocorrido vários anos depois do incidente em 1980 por estabelecer Rojcewicz como um especialista no assunto, o que deve ter ocorrido não antes da publicação do artigo acima citado, ocorrida em Junho de 1987.
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