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OS ENSINAMENTOS SECRETOS DE TODAS AS ERAS - O GUIA DEFINITIVO SOBRE SIMBOLISMO OCULTISTA




Um olhar mais aprofundado sobre o autor Manly P. Hall e seu livro, a publicação mais importante a falar sobre o ocultismo do século XX: Os Ensinamentos Secretos de Todas as Eras.

Leitores regulares do site Vigilant Citizen provavelmente notaram que seu autor frequentemente cita este livro - publicado originalmente em 1927 - em meus artigos. Há uma boa razão para tal: Os Ensinamentos Secretos de Todas as Eras é, simplesmente, a referência máxima sobre simbolismo ocultista disponível nos dias atuais. Ao contrário da maioria dos livros “modernos” que falam sobre ocultismo e sociedades secretas (que tem por função principal “dissipar mitos” e desinformar o público), Os Ensinamentos Secretos de Todas as Eras é um esforço genuíno em transmitir conhecimento bruto, sem filtros.

Através de sua meticulosa porém vibrante exploração das tradições e escolas ocultistas através dos tempos, Manly P. Hall destaca a filosofia esotérica comum que tem sido transmitida de geração em geração - e da civilização à civilização - desde a antiguidade. O objetivo final: Iluminação espiritual através da ativação da glândula pineal (também conhecida como o "terceiro olho"). Enquanto Hall explora sociedades secretas do passado ao presente, símbolos antigos repentinamente começam a fazer sentido, lendas folclóricas assumem uma nova dimensão e mistérios históricos começam a revelar seus segredos.

Hall dedicou Os Ensinamentos Secretos de Todas as Eras à ideia de que “escondida nas figuras emblemáticas, as alegorias e rituais dos antigos constituem uma doutrina secreta a respeito dos mistérios da vida, uma doutrina que foi preservada por um pequeno grupo de mentes iniciadas.”

Como dito acima, este livro difere grandemente dos atuais livros de "Maçonaria para Leigos" existentes no século XXI. Os Ensinamentos Secretos de Todas as Eras não é um livro para leigos. É escrito por um ocultista, para ocultistas. De fato, por décadas, o livro não foi comercializado para o público em geral. Até recentemente, Os Ensinamentos Secretos de Todas as Eras só estava disponível em edições superdimensionadas e muito caras que só eram procuradas por dedicados pesquisadores ocultistas.


Ao contrário dos modernos autores “ocultistas”, Manly P. Hall não se esquivou de expor a grande influência da Maçonaria e de outras sociedades secretas no mundo dos dias atuais. Além disso, Hall também não se esquivou de explicar como o ocultismo pode ser usado para fins nefastos através da demonologia e da magia negra.

Em suma, não há nenhuma agenda ou condescendência neste livro - apenas anos de pesquisa compilados em um volume original, habilmente escrito e maravilhosamente ilustrado. Aqui estão alguns dos tópicos discutidos em Os Ensinamentos Secretos de Todas as Eras:


 Manly P. Hall: Uma figura misteriosa, mas influente


Manly P. Hall

Manly P. Hall foi um autor, conferencista, astrólogo e místico canadense, que exerceu influência importante, embora moderada, sobre a história americana. Na década de 1920, quando Hall estava com cerca de 20 anos, obteve uma quantia significativa de dinheiro junto a membros de uma família que controlava um valioso campo de petróleo na Califórnia. Esses fundos foram usados ​​por Hall para viajar pelo mundo e adquirir uma substancial biblioteca pessoal de literatura antiga. Esta coleção formou a base de conhecimento de seus trabalhos futuros.

Em 1928, Hall publicou o Esboço Enciclopédico da Filosofia Maçônica, Hermética, Cabalística e Rosacruz: Enquanto uma Interpretação dos Ensinamentos Secretos Ocultos dentro dos Rituais, Alegorias e Mistérios de Todas as Eras - mais comumente referidos como Os Ensinamentos Secretos de Todas as Eras.

Em 1934, Hall fundou em Los Angeles a Philosophical Research Society (PRS - em livre tradução, Sociedade de Pesquisa Filosófica), uma organização sem fins lucrativos dedicada ao estudo da religião, mitologia, metafísica e ocultismo. O presidente dos EUA, Franklin Roosevelt, um proeminente maçom, era um conhecido membro do PRS. Alguns pesquisadores acreditam que o PRS influenciou Roosevelt na adoção do Grande Selo dos Estados Unidos (um selo de dois versos, sendo o segundo verso a famosa pirâmide inacabada com um olho que tudo vê) na nota de um dólar em 1935.

Embora Hall tivesse laços estreitos com a Maçonaria, ele se juntou oficialmente à ordem apenas 23 anos depois de escrever Os Ensinamentos Secretos de Todas as Eras. De fato, em 28 de junho de 1954, Hall foi iniciado como maçom na Jewel Lodge No. 374, em San Francisco (hoje chamada de United Lodge). Em 8 de dezembro de 1973, Hall foi reconhecido com o 33° grau da maçonaria - a maior honra conferida pelo Supremo Conselho do Rito Escocês - em uma cerimônia realizada no PRS.

Manly P. Hall projetava uma imagem de sábio místico, porém sua vida pessoal era bastante problemática. Hall foi casado duas vezes, sendo que seu primeiro casamento terminou com o suicídio de sua esposa e o segundo, que ocorreu quase 20 anos depois, foi com uma mulher que havia sido classificada pelo FBI como um "incômodo". Ambos os casamentos não geraram filhos.

A segunda esposa de Hall, Marie Schweikert Bauer, afirmou que Hall tinha numerosos casos com homens. Ela também acreditava que seu último interesse masculino, um ocultista chamado Daniel Fritz, pode ter sido responsável pela morte bizarra de Manly P. Hall em 1990. De fato, a vida de Hall terminou de maneira trágica e bizarra. Seu corpo foi encontrado sob circunstâncias suspeitas e horripilantes: ele estava morto há horas, e haviam milhares de formigas saindo de seu nariz e boca. O caso nunca foi resolvido. Teriam as “artes das trevas” envolvimento em sua morte?

Manly P. Hall, já idoso, em trajes maçônicos

Embora Hall tenha escrito diversos livros e proferido centenas de palestras ao longo de sua vida, Os Ensinamentos Secretos de Todas as Eras continuam sendo sua obra-prima.

Teorias intrigantes encontradas nos Ensinamentos Secretos de Todas as Eras

Os Ensinamentos Secretos de Todas as Eras não se trata apenas de um simples dicionário de significado de símbolos. É na verdade uma revisão total e completa da história do mundo como ela é vista pelos ocultistas. Através dos capítulos de seu livro, Hall às vezes propõe teorias surpreendentes que são, até hoje, altamente controversas. Aqui estão dois exemplos.

Tradições ocultistas se originaram na Atlântida

Uma representação da Atlântida, de acordo com relatos da Grécia Antiga

Em diversas ocasiões, Hall afirmou que a maior parte do conhecimento oculto da humanidade se originou na Atlântida, um continente perdido que existiu ao oeste da Grécia há milhares de anos atrás. Durante sua Era de Ouro, a Atlântida foi o lar de uma civilização altamente avançada, que floresceu até ser completamente submersa por um gigantesco cataclismo. Hall argumentou que esse "Grande Dilúvio" foi um evento histórico importante, registrado pelos folclores e lendas de várias culturas ao redor do mundo.

Segundo ele, as histórias bíblicas da raça de Caim, dos gigantes (Nephilim) e da Arca de Noé são todas alusões ao dilúvio da Atlântida. Forçados a evacuar sua ilha, os atlantes viajaram para várias partes do planeta, onde transmitiram seus conhecimentos evoluídos para os habitantes locais.

Não pode ter sido que esses semideuses de uma era fabulosa, que saíram do mar, semelhante a Esdras, eram sacerdotes atlantes? Tudo o que o homem primitivo e não tutorado lembrava a respeito dos atlantes era a glória de seus ornamentos de ouro, a transcendência de sua sabedoria e a santidade de seus símbolos - a cruz e a serpente. O fato de terem vindo em navios foi logo esquecido, pois as mentes primitivas consideravam até mesmo barcos como coisas sobrenaturais.

Aonde quer que os atlantes fossem para ensinar e converter, erigiram pirâmides e templos de acordo com o grande santuário da Cidade dos Portões Dourados (na Atlântida). Essa é a origem das pirâmides do Egito, México e América Central. Os montes esculpidos na Normandia e na Grã-Bretanha, assim como os dos índios americanos, são remanescentes de uma cultura semelhante. No meio do programa atlante de colonização e conversão mundial, os cataclismos que afundaram a Atlântida começaram. Os Sacerdotes da Pena Sagrada, que prometeram voltar aos povos nativos em seus campos missionários, nunca retornaram portanto, e após vários séculos, a tradição preservou apenas um relato fantástico de deuses que vieram de um lugar onde o mar agora está.

Embora os atlantes tenham transmitido grande conhecimento às civilizações que encontraram, também introduziram nelas seus impulsos mais sombrios:

Dos atlantes, o mundo recebeu não apenas a herança das artes e ofícios, filosofias e ciências, ética e religiões, mas também a herança do ódio, da luta e da perversão. Os atlantes instigaram a primeira guerra; e foi dito que todas as guerras subsequentes foram travadas em um esforço infrutífero de justificar a primeira e corrigir o erro que ele causou. Antes de a Atlântida afundar, seus iniciados e iluminados espiritualmente, que perceberam que sua terra estavam condenada por terem se apartado do caminho da luz, retiraram-se do continente malfadado. Transportando com eles a doutrina sagrada e secreta, esses atlantes estabeleceram-se no Egito, onde se tornaram seus primeiros governantes “divinos”. Quase todos os grandes mitos cosmológicos que formam a base dos vários livros sagrados do mundo são baseados em rituais misteriosos atlantes.

A existência da Atlântida, de fato, explicaria muitos mistérios atualmente inexplicáveis. No entanto, a prova concreta de sua existência nunca foi encontrada, ou pelo menos nunca foi revelada aos não-iniciados.


Sir Francis Bacon editou a versão do Rei James da Bíblia… e era na verdade Shakespeare

Sir Francis Bacon

Sir Francis Bacon foi um filósofo e estadista que atuou como procurador geral e como lorde chanceler da Inglaterra no século XVII. Apelidado de "pai do empirismo", Bacon é creditado com o desenvolvimento do método científico.

No entanto, ao contrário de outras figuras influentes da História, também haviam rumores de que Bacon era um poderoso ocultista associado aos rosacruzes e maçons. Manly P. Hall acreditava que Bacon era uma das figuras poderosas enviadas por uma "ordem oculta" para influenciar a história humana.

Pai da ciência moderna, reformador do direito moderno, editor da Bíblia moderna, patrono da democracia moderna e um dos fundadores da moderna Maçonaria, Sir Francis Bacon foi um homem de muitos objetivos e propósitos. Ele era um Rosacruz, alguns insistem. Se ele não foi o próprio ilustre pai dos Rosacruz, Christian Rosenkreuz (pseudônimo) citado nos manifestos Rosacruzes do séc. XVII, ele foi certamente um alto iniciado da ordem, e suas atividades associadas a este corpo secreto são de fundamental importância aos estudantes de simbolismo, filosofia e literatura.

Em Os Ensinamentos Secretos de Todas as Eras, Hall dedica um capítulo inteiro a Sir Francis Bacon e às muitas maneiras com que ele supostamente influenciou a civilização ocidental. Primeiro, Hall afirma que Bacon recebeu a tarefa de supervisionar a tradução de uma nova versão da Bíblia pelo próprio rei Jaimes - de quem ele era bastante próximo.

Foi em reconhecimento às realizações intelectuais de Bacon que o rei James entregou a ele os manuscritos dos tradutores do que hoje é conhecido como a Bíblia do Rei James (King James Bible) com o presumido objetivo de checá-los, editá-los e revisá-los. Os documentos permaneceram em suas mãos por quase um ano, mas não existem informação a respeito do que aconteceu durante esse tempo . Sobre este trabalho, William T. Smedley escreveu: "Eventualmente, será provado que todo o esquema da Versão Autorizada da Bíblia foi de Francis Bacon".

A primeira edição da Bíblia do Rei James contém um cabeçalho baconiano cifrado. Será que Bacon, criptograficamente, ocultou na Bíblia Autorizada aquilo que ele não ousou revelar literalmente no texto - a chave Rosacruz secreta para o cristianismo místico e maçônico?

Como dito neste último parágrafo por Hall, a capa da primeira edição da versão do rei James continha vários símbolos esotéricos associados à Ordem Rosacruz.

A capa da primeira edição da versão King James.

Na parte inferior da capa há um símbolo único: um pelicano alimentando seus filhotes com seu próprio sangue.

Este antigo símbolo representando o auto-sacrifício é uma parte importante do imaginário Rosacruz (observe a rosa na cruz).

Hall também acreditava que Sir Francis Bacon era, na verdade, Shakespeare - uma teoria que se mantido viva por séculos.

Dezenas de volumes foram escritos a fim de estabelecer Sir Francis Bacon como o verdadeiro autor das peças e sonetos popularmente atribuídos a William Shakspere. Uma consideração imparcial desses documentos não pode deixar de convencer a mente aberta da verossimilhança da teoria baconiana. De fato, aqueles entusiastas que durante anos lutaram para identificar Sir Francis Bacon como o verdadeiro “Bardo de Avon” poderiam ter vencido seu caso se tivessem enfatizado seu ângulo mais importante, isto é, que Sir Francis Bacon, o iniciado Rosacruz, escreveu nas peças shakespearianas ensinamentos secretos da fraternidade Rozacruz e os verdadeiros rituais da ordem Franco-Maçônica, cujo fundador pode-se ainda descobrir que foi ele próprio.

Nos parágrafos seguintes, Hall explica as muitas semelhanças entre Bacon e o misterioso artista conhecido como Shakespeare. Enquanto ele apresenta um caso convincente, ele não para por aí. Hall também afirma que Bacon, como outras figuras importantes da história, fingiu sua morte para servir a humanidade sob vários outros pseudônimos.

De acordo com material disponível, o conselho supremo da fraternidade dos Rosacruz foi composta por um certo número de indivíduos que haviam morrido uma morte conhecida como a "morte filosófica". Quando chega a hora de um iniciado começar seus trabalhos na ordem, ele convenientemente "morre" sob circunstâncias um tanto misteriosas. Na realidade, ele muda de nome e local de residência, e uma caixa com pedras ou um corpo especificamente preparado para esta finalidade é enterrada em seu lugar. Acredita-se que isso aconteceu no caso de Sir Francis Bacon, que, como todos os servos dos mistérios, renunciou a todo crédito pessoal e permitiu que outros fossem considerados os autores dos documentos que ele escreveu ou inspirou.

Os Ensinamentos Secreto de Todas as Eras contém muitas outras teorias que levam seus leitores a repensar a história humana como um todo.


Concluindo

Os Ensinamentos Secretos de Todas as Eras, de Manly P. Hall, não é apenas uma “boa leitura”: é uma experiência reveladora. Ele fornece um olhar extremamente necessário a toda uma parte da história que é praticamente ignorada na vida cotidiana. Embora não se possa concordar com a ousada admiração de Hall pelas sociedades secretas, as informações que o livro transmite permanecem inestimáveis.

Depois de décadas de semi-obscuridade, Os Ensinamentos Secretos de Todas as Eras está encontrando um novo público no séc. XXI, à medida em que um número crescente de pessoas se sente sedento por verdades ocultas. Longe de se tornar irrelevante, este livro, com atualmente 91 anos, fornece o conhecimento necessário para uma melhor compreensão das forças em ação no mundo atual.



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