Você já ouviu falar de Matt DeHart? Aqui pelo Brasil provavelmente não, mas sua história é bastante surpreendente e revela sobre como o governo dos EUA (e porque não os governos de muitos outros países, como o Brasil, de uma forma ou de outra) lidam com aqueles que julgam inconvenientes ou perigosos do ponto de vista do vazamento de informação que podem prejudicar seus interesses obscuros.
Uma versão bem detalhada da história dele pode ser lida em seu tópico na Wikipedia inglesa, mas aqui vai uma versão bastante resumida do que ocorreu:
DeHart é um cidadão norte-americano que foi interrogado pelo FBI e mantido sob prisão por 21 meses em uma prisão federal sem que nenhuma prova contra ele fosse apresentada a justiça. Alegaram que ele estava envolvido com pornografia infantil, mas o departamento de defesa teve acesso a documentos que comprovam que ele foi interrogado pelo FBI devido a assuntos de espionagem e "segurança nacional".
De fato, um juiz federal chamado Aleta Trauger afirmou que o motivo de sua prisão nunca foi devido a qualquer ligação com pornografia infantil, mas sim devido a informações que ele supostamente armazenou em um servidor proxy anônimo que ele mantinha em seu quanto, servidor este que é apenas um dos milhares de servidores de acesso à rede TOR. Se você não sabe o que é a rede TOR, clique aqui para acessar seu site, mas saiba basicamente ela é a porta de entrada para a Deep Web e que fornece, supostamente, a única forma segura de navegação anônima pela Internet.
DeHart era um geek que se interessava por criptografia, anonimato e computação avançada, sendo o que muitas pessoas chamam de "hacker". Ele era da mesma turma de usuários do 4Chan que criou o grupo Anonymous, e em 2008 entrou para a Guarda Nacional e se tornou analista de inteligência. No ano seguinte teve baixa honrosa devido a depressão (o que era mentira, pois anos depois ele revelou que seus superiores descobriram que ele era um hacktivista e tentaram pressioná-lo para que abandonasse tal ativismo, sendo então "convidado a sair" com a depressão como desculpa).
O que ocorreu em 2009 foi que, durante o monitoramento de seu servidor da rede TOR, ele encontrou uma pasta não criptografada com diversos documentos oficiais do FBI que indicavam a participação da CIA em atividades domésticas ilegais (aparentemente sendo a autora das cartas com Anthrax enviadas pelos correios após o atentado de 11 de setembro e que mataram pelo menos 5 pessoas). Não apenas isso, mas há suspeitas de que ele tenha enviado estes documentos ao WikiLeaks após encontrar o mesmo arquivo em outro servidor da rede TOR - desta vez criptografados.
Ele chegou a fugir para o Canadá depois de pedir asilo na embaixada russa em Washington após perceber que estava a ponto de ser preso, mas voltou aos EUA após algum tempo e se entregou, sendo preso pelo período de 21 meses nos quais ele alegou ter sido interrogado e torturado de forma brutal constantemente, demonstrando sequelas e queimaduras após tal período, com a injeção de drogas que levavam a amnésia, privação de água e sono, além de outros atos terríveis. Tudo devido a sua atuação hacktivista com o grupo Anonymous, sua atuação na rede TOR e supostamente a visualização e divulgação ao WikiLeaks de informações altamente sigilosas ligadas a segurança nacional.
Abaixo um relato em vídeo de sua mãe, comentando o tipo de coisa pela qual ele passou durante esse período.
Abaixo um relato em vídeo de sua mãe, comentando o tipo de coisa pela qual ele passou durante esse período.
Após uma série de prisões, solturas, acusações falsas, tentativas de obtenção de silo político no Canadá (negadas), idas ao hospital com surtos psicóticos e ferimentos diversos causados na prisão e tentativas de suicídio durante sua custódia pelos canadenses, DeHart encontra-se preso neste momento na mesma cadeia onde cumpriu pena de 21 meses, ainda sob a alegação de espionagem.
Existe atualmente um movimento nos EUA chamado Free Matt DeHart que denuncia essa história e tenta libertá-lo devido a óbvias violações legais e aos direitos humanos.
Existe um padrão entre a forma como ele foi tratado e a forma de tratamento dada a pessoas como Julian Assange e Edward Snowden. O padrão é que o governo faz uma série de ações ilegais e criminosas, e quer que as mesmas sejam secretas e que ninguém saiba delas. Criar o caos e o pânico entre a população com a simulação de ataques terroristas com anthrax para justificar uma guerra no oriente médio é apenas um minúsculo exemplo. E a forma como este mesmo governo trata os informantes que levam estes segredos a público é diabólica e criminosa, com prisões, ameaças, embargos e acusações falsas como a de envolvimento com pornografia infantil no caso de DeHart, ou de estupro no caso de Assange.
Isso tudo me lembra do que li certa vez no livro Libido Dominandi, de E. Micheal Jones: a de que o sexo é uma ferramenta de controle político, usável de tal forma que possa destruir a reputação de uma dada pessoa perante a opinião pública mesmo que seja uma acusação falsa. E no caso de DeHart, isso já foi provado como falso.
Isso, meus amigos, é a Nova Ordem Mundial. Ela não é uma fantasia distópica na mente de paranoicos e malucos. Ela já está acontecendo há anos bem debaixo de nossos narizes.
Existe atualmente um movimento nos EUA chamado Free Matt DeHart que denuncia essa história e tenta libertá-lo devido a óbvias violações legais e aos direitos humanos.
Existe um padrão entre a forma como ele foi tratado e a forma de tratamento dada a pessoas como Julian Assange e Edward Snowden. O padrão é que o governo faz uma série de ações ilegais e criminosas, e quer que as mesmas sejam secretas e que ninguém saiba delas. Criar o caos e o pânico entre a população com a simulação de ataques terroristas com anthrax para justificar uma guerra no oriente médio é apenas um minúsculo exemplo. E a forma como este mesmo governo trata os informantes que levam estes segredos a público é diabólica e criminosa, com prisões, ameaças, embargos e acusações falsas como a de envolvimento com pornografia infantil no caso de DeHart, ou de estupro no caso de Assange.
Isso tudo me lembra do que li certa vez no livro Libido Dominandi, de E. Micheal Jones: a de que o sexo é uma ferramenta de controle político, usável de tal forma que possa destruir a reputação de uma dada pessoa perante a opinião pública mesmo que seja uma acusação falsa. E no caso de DeHart, isso já foi provado como falso.
Isso, meus amigos, é a Nova Ordem Mundial. Ela não é uma fantasia distópica na mente de paranoicos e malucos. Ela já está acontecendo há anos bem debaixo de nossos narizes.
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