Antes de mais nada entenda que sou contra o desmatamento e concordo com a necessidade de conservação da natureza, com a não poluição do ar e da água, com a preservação de matas, a diminuição do uso de agrotóxicos, etc.
Mas não acredito de forma alguma que as corporações, organizações e governos que promovem a chamada "economia verde" ou "sustentabilidade" o fazem pelos motivos corretos. Eles não pensam na preservação do meio ambiente, na natureza, no bem comum. Não, meus amigos. Eles só pensam na mesma coisa que o ser humano pensa desde sempre: poder. Poder que se manifesta em dinheiro e controle total.
Lendo "The True Story of The Bilderberg Group" de Daniel Estulin, nas páginas 184 e 185, leio as seguintes idéias, que resumirei e traduzirei por serem extensas demais para reproduzir integralmente.
Os globalistas, ou seja, os grandes detentores de capital, beneficiam-se da desestabilização da nacionalidade dos países pelo mundo (daí promoverem um mundo globalizado, sem fronteiras). Sua principal meta portanto é impedir, a todo custo, o ressurgimento de modelos econômicos nacionalistas (entenda isso como protecionismo), sob qualquer forma - industrial, tecnológica e científica.
Olhando para o passado eles descobriram a necessidade disso. O Império Britânico começou a perder seu poder e decair em seu domínio industrial nas duas ultimas décadas do século XIX. Estados Unidos, França, Japão e Alemanha começaram a se tornar expoentes industriais, portanto econômicos, portanto políticos. Tudo graças aos trabalhos teóricos de Alexander Hamilton, que consistiam basicamente na adoção de políticas econômicas decididamente anti-liberais. Ou seja: estes países começaram a enriquecer porque protegeram suas indústrias locais taxando e dificultando a entrada de produtos importados (adivinhe só) do império britânico, que era o maioral na época.
Não só faziam isso como também criavam políticas econômicas que visavam o fortalecimento da industria local, com a criação de um banco central que visava o financiamento para as empresas nacionais, investimento em pesquisa e desenvolvimento, melhorias na infraestrutura do país, educação para melhorar a mão de obra, etc.
O império britânico logo notou que sua sobrevivência como líder global exigia a destruição do modelo econômico de Hamilton. Tanto para estagnar as novas forças econômicas quanto para impedir que outras surgissem. A competição devia ser morta no ninho.
A melhor forma de fazer isso seria forçar uma política liberal em todo o mundo. Em um mercado global os países economicamente fracos não teriam como se desenvolver, e economicamente fracos seriam isolados e dependentes em uma economia global.
O exemplo mais brutal desta política de estrangular a competição "no ninho" foi a revolução bolchevique, financiada por grandes capitalistas do ocidente (Rockfeller e seus sócios) e liderada por Lenin e Trotski na frente de batalha, visando destituir o Czar, que não era nenhum santo, mas estava visando o desenvolvimento da Rússia a um patamar igual ao da Europa (ao custo de exploração do povo), o que criaria um novo player internacional com o qual eles não estavam dispostos a negociar. A União Soviética foi criada pelos capitalistas a fim de preservar bolsões de poder que, caso contrário, seriam ocupadas por uma Rússia Czarista que estava ficando rica graças a exploração de petróleo.
OK, mas onde a "economia verde" entra nessa história?
Simples. Demonização do desenvolvimento econômico (e conseqüentemente político) de nações não desenvolvidas pelo modelo que as nações atualmente mais ricas usaram para chegar confortavelmente a seu atual status.
Ou seja: a ecologia é defendida em larga escala não porque seja correta mas sim porque ela obriga os países a crescer menos, ou estagnar, porque não podem mais usar as fontes naturais com a mesma liberdade de antes. Tem que comprar créditos de carbono (eu acho isso uma abominação imensa) se quiser desenvolver algo que emita mais CO² que as metas estabelecidas, limitando demais a liberdade que o país tem de produzir.
Ao mesmo tempo muitos estudiosos sérios já estão mostrando que a história de que o CO² causa efeito estufa, e que o próprio aquecimento global e a elevação dos níveis dos oceanos não tem nada a ver com a atividade humana, são cíclicos no planeta desde antes da raça humana existir, ou existir sem uma sociedade industrial.
No entanto volto a afirmar: minha opinião pessoal é de que realmente temos que cuidar do ar, da água e das florestas e matas. Temos que encontrar meios de deixar de usar tantos agrotóxicos e ao mesmo tempo continuar a produzir alimentos para todos. Não para impedir o desenvolvimento das nações, mas sim para o bem de todos os humanos e de todos os seres vivos do planeta.
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