matéria retirada da Revista/Portal Vigília
OVNIs chamam atenção de moradores de Americana (SP) durante uma semana
Data: 27/04/1997 - Horário: 16h09min
Foto tirada pelo repórter fotográfico Francio de Holanda, de Americana, na segunda-feira, dia 1º de abril. No destaque, ampliação da imagem
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Até o coordenador do Centro de Estudos e Pesquisas Exológicas de Sumaré (CEPEX), Eduardo Mondini, que estava sendo chamado para investigar as aparições, junto com sua esposa, Ionice, teve seu encontro com o insólito. Imagens dos OVNIs foram registradas pelo fotógrafo Francio de Holanda Martins, do Jornal TodoDia, de Americana.
Os relatos começaram a surgir no domingo, dia 31. Às 3h15 da madrugada, um avistamento envolvendo guardas municipais foi motivo para registro em Boletim de Ocorrência (BO) específico da Guarda Municipal de Americana, a GAMA. Os guardas Moacir Pereira dos Santos e Anerilton Neves faziam o patrulhamento no bairro Parque das Nações quando se depararam "com um objeto retangular, com luzes vermelhas, amarelas e azuis", conforme descreve o BO.
Segundo os guardas, ao descerem do carro, o OVNI seguiu em sua direção. Sobrevoou uma casa e ficou parado a cerca de 200 metros de altura, sobre um terreno baldio ao lado de onde estava a viatura. Não emitia qualquer som. O guarda Moacir resolveu então acender as luzes (giroflex) da viatura. Neste momento, o objeto saiu rapidamente em direção às instalações do Tiro de Guerra, onde parou e apagou.
Os guardas entraram no carro e seguiram para o local. Quando chegaram perto de uma caixa-d'água na rua Pindaré, no bairro de São Roque, avistaram o OVNI novamente, e chamaram um taxista que passava no local para confirmar o avistamento. Neste momento, o objeto saiu em disparada em direção ao município de Sumaré. O avistamento todo durou 15 minutos.
Segundo Neves declarou ao jornal TodoDia, o objeto era pouco maior que um helicóptero. "Ainda bem que a gente tinha testemunha, porque ninguém queria acreditar", disse ele ao jornal.
Policiais Militares ficam com seqüelas
Na mesma madrugada de 31 de março, por volta de 0h30, em ronda pelo bairro da Liberdade, em Americana, o 2º sargento PM Iris Alves de Souza e o soldado Wilton Franco avistaram um objeto com luzes alaranjadas, azuis, vermelhas e amarelas. "Era como olhar para o sol", descreveu Franco.
O sargento então disse ao soldado para buscar uma filmadora. O soldado saiu com a viatura enquanto o seu superior ficou no local, comunicando-se através de um rádio portátil. Alguns minutos se passaram até que o objeto deslocou-se na direção do sargento Souza. Com receio de que alguma coisa pudesse lhe acontecer, o policial solicitou a Franco que retornasse o mais rápido possível.
Souza se assustou quando o objeto --que segundo ele tinha forma de "duas bacias emborcadas", com dez metros de diâmetro-- ao passar próximo aos fios de alta tensão projetou um cone de luz branca sobre o solo, iluminando tudo ao redor. Chegou a ficar a apenas 150 metros do policial.
Naquele instante um avião passou sobre a região e o objeto surpreendentemente apagou todas as luzes para, logo a seguir, acender novamente. O policial afirmou que o deslocamento do OVNI só era perceptível depois que ele fazia uma parada, porque movia-se muito rápido e a luz parecia segui-lo com atraso. "Parecia borracha", descreveu o sargento.
O sargento então disse ao soldado para buscar uma filmadora. O soldado saiu com a viatura enquanto o seu superior ficou no local, comunicando-se através de um rádio portátil. Alguns minutos se passaram até que o objeto deslocou-se na direção do sargento Souza. Com receio de que alguma coisa pudesse lhe acontecer, o policial solicitou a Franco que retornasse o mais rápido possível.
Souza se assustou quando o objeto --que segundo ele tinha forma de "duas bacias emborcadas", com dez metros de diâmetro-- ao passar próximo aos fios de alta tensão projetou um cone de luz branca sobre o solo, iluminando tudo ao redor. Chegou a ficar a apenas 150 metros do policial.
Naquele instante um avião passou sobre a região e o objeto surpreendentemente apagou todas as luzes para, logo a seguir, acender novamente. O policial afirmou que o deslocamento do OVNI só era perceptível depois que ele fazia uma parada, porque movia-se muito rápido e a luz parecia segui-lo com atraso. "Parecia borracha", descreveu o sargento.
Quando Franco retornou dirigindo a viatura, o objeto já estava se distanciando em direção a Piracicaba. A filmadora acabou nem sendo usada, pois resolveram segui-lo pela rodovia SP 304, que dá acesso a Capivari e Piracicaba. Quando chegaram a Piracicaba, viaturas da Polícia Militar e da Guarda Municipal já estavam observando. Foram todos atrás da luz, mas não conseguiram se aproximar. Às 2 horas da manhã o objeto desapareceu no horizonte.
Durante o resto da semana o sargento Souza e o soldado Franco sentiram uma dor que caracterizaram como "um peso na nuca", e ficaram vários dias com os olhos irritados.
GMs vêem "clarão no canavial"
No dia seguinte, aproximadamente à 1 hora, os guardas de uma viatura da Guarda Municipal de Santa Bárbara d'Oeste comunicaram a central sobre uma luminosidade estranha no bairro do Rochele. O guarda Mário Henrique Pultrini e outros dois colegas de ronda dirigiram-se para o local em apoio. Ao chegar nada encontraram. Avisados de que o objeto teria seguido em direção ao município de Capivari, puseram-se a caminho. No percurso, uma ambulância avisou pelo rádio que tinha avistado o objeto.
Poucos segundos mais tarde, de dentro da viatura, Pultrini e os outros dois guardas avistaram um "clarão" no meio do canavial. "Era uma esfera bem redondinha. Oscilava entre o vermelho e o azul, e estava se deslocando no sentido de Piracicaba", descreveu o guarda. Segundo ele, o "clarão" estava a apenas cinqüenta metros deles, e voava muito baixo, pouco acima do canavial. Num instante, a luz, que tinha forma esférica, saiu rapidamente. "Eu achei estranho. Ela estava no canavial e, de repente, já estava no horizonte", contou Pultrini.
Jornalistas testemunharam aparição de objeto
Na noite de quinta-feira, dia 4: novo avistamento. Desta vez o fotógrafo não precisou sequer sair do jornal |
Na terça-feira, um dia depois do Jornal TodoDia publicar reportagem de página inteira sobre os avistamentos de OVNIs na região, a repórter Dedé Amaral e o fotógrafo Francio de Holanda Martins foram chamados pela moradora Roseli Marino e seu marido, José Luciano Benini, que, da sacada de casa, no bairro Parque Morada do Sol, desde às 19h30, observavam luzes com comportamento estranho na direção da Usina da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL).
Dedé Amaral conta que chegou ao local aproximadamente às 21h20. Também acionados pela moradora, dois policiais acompanharam o balé da luzes, para, em seguida, dirigirem-se ao local onde pareciam estar os objetos, na tentativa de descobrir o que eram.
Da casa, os jornalistas avistaram "duas luzes amarelas, bem clarinhas. E cada uma brilhava nela mesma, sem facho de luz", explicou a repórter, que atribuiu o fenômeno, num primeiro momento, a um farol de caminhão ou trator.
As luzes estavam muito próximas uma da outra. A repórter comparou o tamanho da luz que estava à direita à Lua cheia, enquanto a outra era um pouco menor. Ambas estavam paradas, acima do canavial, a uma distância que a jornalista estmou em 5 km.
Em 14 anos de jornalismo, Dedé conta que nunca tinha visto nada parecido. "De repente, a maior começou a se mexer da esquerda para a direita. Percorreu um pedaço grande no céu, rapidamente, em movimento retilíneo. Foi impressionante, bateu e voltou", relatou a jornalista. A luz continuou fazendo o movimento de ida e volta. Segundo Dedé, a menor só se movia, para cima e para baixo, quando a maior se aproximava. Por duas vezes elas pareceram se tocar.
A repórter voltou ao jornal para buscar o duplicador da máquina fotográfica (dispositivo que aumenta o poder de zoom da objetiva) de Francio, que registrava a cena. Para ele, que observou o fenômeno todo pela lente da máquina, pareciam ser três luzes com as mesmas características. "Mas uma delas não se dividiu", disse Francio.
Quando a repórter voltou do jornal, uma das luzes já tinha se apagado. O giroflex da viatura dos policiais militares que tentavam chegar perto da luz foi então visto pelas testemunhas. Neste instante o objeto começou a deslocar-se até ficar aparentemente sobre o carro. Francio e Dedé garantem terem visto a luz e a viatura no mesmo local por alguns segundos. Os policiais, no entanto, disseram não ter encontrado nada. A observação durou até às 22 horas.
Ufólogo também viu
Os avistamentos continuaram ocorrendo na região durante a semana. Na quarta-feira, dia 3, um morador de Americana disse ter visto, às 13 horas, uma forma esférica, com brilho metálico, deslocando em alta velocidade sobre o centro da cidade. O objeto seguia uma trajetória retilínea em direção a Nova Odessa.
Na quinta-feira, 4, às 20h30, alertado pelos vizinhos, o próprio coordenador do CEPEX, Eduardo Mondini, foi testemunha da aparição de um OVNI. De sua casa, no bairro João Paulo II, em Sumaré, ele e a esposa Ionice acompanharam uma forma luminosa de cor avermelhada distanciando-se no horizonte. "Quando nós saímos para ver já estava longe. Mas os vizinhos e testemunhas de outros bairros próximos dizem que passou bem aqui em cima", relatou Mondini.
Na mesma noite, às 21h30, no exato momento em que a reportagem de Vigília entrevistava pelo telefone a jornalista Dedé Amaral, do jornal TodoDia, ela e outros colegas de trabalho observavam quatro luzes com as mesmas características dos avistamentos anteriores, com colorações azuis, vermelhas e amarelas. Desta vez, diante da aproximação de um avião, as luzes --que eram vistas na direção da cidade de Limeira-- apagaram seqüencialmente, para em seguida reacenderem.
Dedé comentou a experiência: "foi uma emoção muito grande", disse, revelando acreditar em vida fora da Terra. Segundo ela, no entanto, seu conhecimento até então vinha apenas de experiências no campo espiritual. "Fico contente em saber dessa existência tembém no plano físico", concluiu. O fenômeno durou cerca de uma hora.
Cindacta não detectou qualquer anomalia
A reportagem de Vigília consultou o Instituto Nacional de Pesquisas Estatais (INPE) os avistamentos poderiam ser causados por balões meteorológicos. No entanto, o chefe do setor de balões, Ricardo Varela Correa, revelou que não havia experimentos com balões na região.
Também consultado por Vigília, o Cindacta --orgão de monitoramento do espaço aéreo Brasileiro--, através do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (Cecomsaer), em Brasília, informou que não foi detectado qualquer objeto estranho naqueles dias.
A estação de radar que monitora a região localiza-se na cidade de São Roque, no interior de São Paulo, mas os dados são processados em Brasília. Antes de confirmar a informação do Cindacta, o Cecomsaer afirmou que "a Aeronautica não tem um órgão que faz pesquisa de OVNI" e que, além disso, "nossos radares (da Aeronautica) são feitos para detecção de aviões".
Vigília procurou também a Defesa Civil da região de Campinas que, no final do ano passado, anunciou a adoção de um procedimento para evitar pânico dos moradores em caso de avistamentos de OVNIs (Revista Vigília nº 0). Com a posse do governador e prefeito eleitos em 1996, o órgão também teve a gestão substituída. O novo diretor, Manuel Luiz Braga Vieira, descartou qualquer ação neste sentido. "Não sou um órgão técnico para atuar nessa área", afirmou, completando: "não que eu desacredito ou qualquer coisa assim. Mas foge à minha alçada". Segundo ele, se julgar necessário, o máximo que poderá fazer é encaminhar a questão para o Exército ou a Aeronáutica.
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