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YUVAL NOAH HARARI E O FIM DA RAÇA HUMANA

Segundo a Wikipedia, Yuval Noah Harari é um professor israelense de História e autor do best-seller internacional "Sapiens: Uma breve história da humanidade" e também do "Homo Deus – Uma Breve História do Amanhã". Seu último lançamento é "21 Lições para o Século 21" (cujo vídeo promocional feito por ele pode ser visto abaixo). Ele leciona no departamento de História da Universidade Hebraica de Jerusalém.




Como escritor, palestrante e futurista, ele faz previsões agressivas a respeito dos caminhos que a raça humana está trilhando e de suas consequências caso correções de rumo não sejam feitas.

Sem se preocupar com o quão assustador pareça o futuro que ele expõe com grande propriedade, ele deixa claro que a história se desenrola independente do quanto nos sintamos oprimidos, assustados e desesperançosos. "A História não é justa" diz ele. As coisas são como são, quer gostemos ou não. Cabe a nós, como indivíduos e como espécie, tomarmos atitudes para alterar o curso e escolher o destino que desejamos.

Em uma entrevista que concedeu a Pedro Bial em 2017, ele discorre sobre sua visão acerca da sociedade humana e explica em linhas gerais toda sua filosofia e como chegou até ela.


Yuval é o mais novo guia de uma nova linha de pensamento global - o que me trás obviamente certo desconforto que explicarei ao fim deste artigo. Tem influenciado milhares de pessoas pelo mundo, especialmente aquelas com poder. Políticos de países importantes, tomadores de decisão, líderes empresariais e outras figuras de grande influência o respeitam e consultam.

Provavelmente por conta disso ele foi convidado a palestrar no Fórum Econômico Mundial de Davos em 2018, e o que ele falou sobre o futuro da espécie humana a médio prazo é obviamente muito assustador, especialmente porque ele não estava falando isso para teóricos de conspiração em algum congresso obscuro em uma cidadezinha no interior dos EUA, mas sim para os principais líderes e empresários do planeta, que o ouviam (como sempre) com muita atenção.

Veja abaixo o vídeo "A MARCA DA BESTA" do canal O INFORMANTE (excelente canal nacional no Youtube, com vídeos muito bem produzidos e legendados) onde esta palestra de Yuval em Davos 2018 pode ser vista junto a outras matérias jornalísticas que complementam o que ele fala.



Eu nunca dei crédito às baboseiras que já li e escutei em sites e grupos religiosos falando a respeito da marca da Besta no passado porque elas sempre falavam de métodos de identificação relativamente simplistas, como chips subcutâneos ou tatuagens de código de barras ou QRCode. Elas nunca poderiam ser a marca da besta porque eram pouco mais do que um documento CPF, e além disso, a palavra de Deus deixa claro que a marca exigirá renuncia consciente à Cristo. Ou seja, não é apenas um mecanismo que vai impedir você de ser agente econômico na sociedade, mas também uma clara negação convicta a Deus.

Porém, o cenário que Yuval descreve nesse vídeo é assustadoramente PIOR.

Ele começa sua palestra afirmando que toda a pesquisa sobre biologia feita até hoje deixa claro que organismos são algoritmos, e que a atual capacidade computacional já pode entender, prever e manipular esses algoritmos.

Em seguida ele começa a falar sobre já ser possível atualmente hackear organismos vivos (pessoas) não apenas na questão de seus hábitos de compras, dados bancários e preferências particulares, mas sim internamente a elas, na questão de suas emoções, saúde e pensamentos. Tudo isso por meio da coleta de enormes quantidades de dados biométricos (big data) que muito provavelmente serão coletados de maneira compulsória em um futuro muito próximo. Tal coleta se dará por meio de sensores microscópicos implantados em nossos corpos, e analisados constantemente por softwares dotados de Inteligência Artificial (machine learning).

Yuval continua falando sobre como isso permitirá o controle da mente dos seres humanos sem que eles se deem conta (algo que já ocorre em certo nível há bastante tempo com o surgimento dos conceitos da propaganda) e a previsão de seu comportamento, além da capacidade de conhecer as pessoas muito mais do que eles próprios, e a capacidade de criação artificial de novas formas de vida inorgânicas, tanto corpos quanto mentes (Inteligência Artificial e androides).

Tais formas de vida serão absolutamente muito mais inteligentes do que nós, e acabarão por nos tornar obsoletos, gerando uma quantidade enorme de pessoas desempregadas entregues à inanição até que o homo sapiens seja substituído por elas (mesmo que de forma pacífica). Será o surgimento de uma espécie que ele chama de "Homo Deus" humanos extremamente ricos que detém o acesso a tais tecnologias e que por elas serão transformados.

Agora, por que meu desconforto?

Basicamente porque Yuval é muito bem recebido pelo movimento progressista internacional (com o qual ele compartilha diversas se não todas as opiniões), pela mídia (jornais e canais de TV), empresas de tecnologia de ponta e por nichos de poder histórico globalista, presentes em eventos como o Fórum Mundial de Davos. Sei que quem é aceito nesses círculos normalmente o é por algum motivo oculto, e algo me diz que ele é uma pessoa muito inteligente, clara, objetiva, capaz e simpática, mas alinhada a certos tipos de orientação política que normalmente classifico como conspiracionistas no mínimo, e que viram nele um novo campeão na arena do debate público.

Yuval é um perfeito progressista. É hebreu, mas ateísta, e como tal, é bastante crítico às religiões. É bastante critico quanto ao movimentos conservadores e neo nacionalistas (que diz serem um contrassenso no projeto biológico da espécie humana). Sua militância pelos direitos dos animais, sua preocupação com o aquecimento global, sua militância em favor da causa homossexual (já que ele mesmo o é) e da ideologia de gênero são conhecidas. E tudo bem, porque todos tem o direito de defender aquilo em que acreditam no espaço do debate.

Porém, tomar tudo o que ele fala como a maior novidade do Universo é, na minha opinião, apenas uma "hype" como tantas outras que vejo na geração atual. Vejo muitas pessoas jovens falando que o livro dele mudou suas vidas, que ele é "o cara", e penso como essa geração atual é pobre de exemplos e de história, e se deixa levar por novidades sem atentarem para o fato de que muita coisa é apenas releitura de coisas antigas, ou ideias antigas um pouco mais trabalhadas e lustradas.


Ouço a mesma história que ele conta sobre sermos tornados obsoletos por formas de vida artificiais (obviamente em versões mais embrionária e simples) há décadas. Filmes como Exterminador do Futuro e Matrix - apenas para citar os mais óbvios - falam disso há tempos (Exterminador é dos anos 1980) e antes destes vários outros já o faziam também. Vários livros de Isaac Asimov falavam a esse respeito desde os anos 1950. Não é uma coisa nada nova portanto.

De fato, o medo da obsolescência humana perante máquinas existe desde a revolução industrial e da criação do tear mecânico, que substituiu totalmente os tecelões manuais. Basicamente é a mesma coisa agora, mas muito mais sofisticada.

Claro que o trabalho de Yuval é fantástico especialmente por mostrar que o conceito já é aplicável com as tecnologias atuais em uma escala preocupante, e que elas se aperfeiçoarão muito mais nos próximos anos. Os avanços na eletrônica e na computação dos últimos 10 anos tornaram isso claro e ele teve uma enorme felicidade em fazer as ligações corretas disso e relacioná-las em sua teoria evolucionária unificada.

Mas, ao mesmo tempo em que levo a sério o que ele diz e me preocupo (por saber que o que ele diz é realmente possível e que tudo indica que estamos mesmo caminhando nessa direção), eu me pergunto por que a Nova Ordem Mundial - representada por tantos líderes globais e pela mídia -  o deixaria falar tanto se não tivessem um objetivo claro para tal, já que eles, sem sobra de dúvida, serão o tal "Homo Deus" ao qual ele se refere como a nova espécie dominante no planeta.

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