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LIVRO "ALIENS: WALKING AMONG US?" - CRÍTICA COMPLETA (PARTE 1 E 2)

ambos de Nick Redfern



PARTE 1


Na semana passada eu terminei de ler o novo livro de David M. Jacobs: Walking Among Us: The Alien Plan to Control Humanity ("Caminhando Conosco: o Plano Alienígena para controlar a Humanidade" em tradução livre). Assim como o título sugere, este é um livro extremamente controverso. Embora ele seja extremamente focado nos assim chamados “abduzidos por alienígenas”, ele não trata de abduções de forma alguma. Ao contrário, seu foco é em como os abduzidos estão alegadamente sendo usados para ajudar híbridos humano-alienígena que tem como missão infiltrar-se na sociedade humana. E, sim, a palavra “infiltra-se” sugere que nada de bom pode vir disso tudo.

Estamos falando sobre a maneira com que alienígenas potencialmente hostis – sem nenhuma consideração real para conosco, a raça humana – estão trabalhando visando um dia sinistro no futuro. Um  dia em que a Terra estará tão infestada com estes híbridos que a invasão, realizada mediante ocupação política ou por meio do extermínio de pessoas, será concluída antes mesmo que tenhamos tempo de fazer qualquer coisa. Sim, eu disse que era controverso! Até Jacobs notou isso quando disse: “Minha pesquisa revela que uma quantidade considerável de híbridos estão vivendo na Terra… e este livro conta como eu cheguei a essa conclusão ridícula”.

Na verdade, muitos acharão o livro ridículo. Afinal, nos são dadas informações detalhadas de híbridos em jogos de basebol, desejando comer pizza e fazendo visitas ao Kmart! E isso é apenas o início. Conforme Jacobs afirma: “Eu comecei minha jornada em meados dos anos 1960 extasiado com a possibilidade de que o fenômeno OVNI pudesse significar o contato com outras espécies. Ele de fato indicou isso, mas não do jeito que eu imaginava. As evidências sobre abduções me forçaram a evoluir para um investigador cheio de medo. Eu desmascarei a realidade alienígena, por mais que eu a detestasse”.




A contracapa do livro vai mais direto ao ponto: “As testemunhas de Jacobs tem experimentado uma realidade oculta que é literalmente vizinha da nossa, e que ele crê estar a ponto de se fundir - de forma secreta e insidiosa - com o resto de nós”. Esta interação, sugere Jacobs, é a nossa condução ao que o livro se refere como “A Mudança”. Para nós, não será obviamente uma mudança para melhor. Para eles? Claro.

Deve ser destacado que, diferente da vasta maioria dos livros em que o tema de abdução alienígena é tratado, os casos que são citados no livro não podem ser relegados ao mundo dos sonhos ruins, pesadelos e paralisia do sono – que é frequentemente sugerido pelos céticos como a causa raiz da maioria das histórias sobre abdução. A razão é, como eu disse, que este livro não se trata exclusivamente sobre eventos de abdução. Estamos falando sobre abduzidos ajudando híbridos no mundo real, dirigindo para eles por ai, alimentado-os, ensinando-os a como se vestir e a como se misturar, e finalmente, preparando-os para o dia em que…bem, quem sabe o que pode acontecer?



Assim, conforme os relatos detalhados, explícitos e vívidos das pessoas que supostamente foram inseridas neste programa são contados no livro, o leitor tem três grandes escolhas a fazer: aceitar piamente nas histórias como são contadas, rejeitá-las como mentiras e fantasias, ou por último ler o livro de Jacobs com uma mente aberta para ver aonde as histórias ali contadas nos leva. Eu suspeito, no entanto, que este livro irá polarizar os leitores em dois campos distintos: crentes e céticos. Você vai aceitar que alienígenas semelhantes a humanos estão entre nós, que eles estão crescendo em número e que eles estão cada vez mais indistinguíveis de humanos reais conforme os anos se passam. Ou então você simplesmente não aceitará isso.

Agora eu tenho que dizer que, através dos anos, eu já li uma grande quantidade de livros originários de toda parte, sendo que alguns deles eu considerei como plausíveis, enquanto que a grande maioria eu acabei por considerar como sendo as coisas mais selvagens, doidas e paranoicas que vi. E eu estou totalmente a vontade em dizer que, não fosse por uma única coisa em particular, eu colocaria "Walking Among Us" na segunda categoria. Trata-se de algo que – estranhamente – Jacobs não menciona, apesar de ela estar bem diante do leito, encarando-o.

E o que seria isso? Eu vou te contar: a misteriosa similaridade entre os híbridos e os Homens de Preto, que por sua vez trata-se de um fenômeno que eu estudeu profundamente.



PARTE 2

Tudo o que foi visto na parte 1 agora nos leva a parte 2 e ao assunto dos "Homens de Preto" ("Man in Black", ou apenas "MIB"). Dizer que o livro "Walking Among Us" está repleto de paralelos com os MIB não é um eufemismo. Trata-se apenas de reconhecê-los. Vamos dar uma boa olhada de perto. Jacobs nos conta que jovens híbridos são “as vezes fascinados por instrumentos de escrita. Canetas e lápis comuns em nosso mundo podem nunca ser encontrados por alienígenas, que não tem a necessidade de escrever”.

Acontece que os Homens de Preto possuem uma fascinação por canetas. Um caso dentre três que eu conheço será suficiente para ilustrar isso: Mary Hyre era uma mulher comum que desempenhou um papel central na série de eventos nos anos de 1960 que levaram John Keel a escrever o livro "The Mothman Prophecies" ("As Profecias do Homem Mariposa" que foi adaptado para o cinema em um filme de 2002 com Richard Gere chamado por aqui de "A Última Profecia"). Em janeiro de 1967, Hyre foi visitada por um assustador homem de preto de 1,5 metros e com cabelo cortado em formato de tigela que tinha olhos estranhamento hipnóticos. Durante o encontro, o pequeno "homem" de preto ficou encarando a caneta esferográfica de Hyre. Até o ponto em que Hyre lhe disse que podia ficar com ela. Ele a pegou, gargalhou alto e então foi embora, desaparecendo da mesma maneira misteriosa que apareceu.

Os Homens de Preto são conhecidos por seu comportamento estranho diante de comida. O livro de Jacobs está repleto de relatos de híbridos que ficam perplexos com a comida, com o modo como devem comê-la (com ou sem talheres), o que deve ser comido cru ou cozido, e assim em diante. Gareth Medway observa o seguinte: “Um Homem de Preto, usando um terno preto e com um queixo pontudo, de ‘olhos esbugalhados’ e ‘dedos longos e finos’ entrou no Max’s Kansas City, em New York, e pediu por ‘comida’ sendo aparentemente incapaz de ler o menu ou de usar garfo e faca. Ele disse à garçonete que ele era de ‘outro mundo'”.

A Sra. Ralph Butler, de Owatonna, Minnesota, foi visitada por um homem misterioso que  aparentava ser um oficial da Força Aérea norte-americana em maio de 1967, depois de uma onda de avistamentos de OVNIs naquela região. Ela lhe ofereceu uma taça de gelatina, a qual ele tentou beber como se ela fosse líquida! “Eu tive que mostrar a ele como comê-la com uma colher”, disse a Sra. Butler, cuja experiência surreal está descrita no livro de Keel "The Mothman Prophecies".


Em "Walking Among Us", alguns dos híbridos humano-alienígena são descritos com uma aparência de "doentes", e tendo pele extremamente macia e muito pálida. Exatamente como os Homens de Preto. Jacobs fala sobre um híbrido que estava “muito agasalhado para o verão e que tinha um penteado para baixo que estava errado”. Isso, também, é uma reminiscência de muitos casos sobre MIBs. Os MIB frequentemente surgem no lar dos visitados em carros pretos no estilo vintage. Jacobs descreve ainda como os híbridos são especificamente ensinados a dirigir. Os híbridos ainda apresentam dificuldades em manter conversas com outras pessoas, assim como os MIB. Os Homens de Preto normalmente se vestem com ternos pretos em estilo antigo e chapeis do estilo fedora. Jacobs cita uma determinada pessoa, que disse, sobre um híbrido “…eu lhe dei um tipo comum de jaque, porque o casaco que ele sempre vestia parecia que era dos anos 1960 ou semelhante a isso”.

Eu gostaria de salientar que eu não deixei de entender – de forma alguma – a natureza totalmente bizarra e absurda de todo o livro. Afinal de contas, com qual frequência alguém engata um debate sobre nós e eles (alienígenas que se parecem com alguma coisa semelhante a pessoas), gelatina, carros (pretos ou não), canetas esferográficas, ternos e talheres – e tudo isso no contexto de um plano sinistro para tomar todo o planeta? Quase nunca! Isso se alguma vez já ocorreu!

"Walking Among Us" me fascinou porque alguns dos casos e histórias que aparecem no livro de Jacobs tem paralelos assustadores com casos que estudei no decorrer dos anos – de pessoas que se encontraram com os MIB e que eu conheço extremamente bem e nas quais confio implicitamente. Mas, mesmo assim, a ideia de alienígenas semelhantes a humanos infiltrados entre nós, e eventualmente nos dominando, soa como algo semelhante a "Invasores de Corpos". Desfigurando as palavras de Fox Mulder: “Eu não quero acreditar”. Mas, como resultado dos estranhos paralelos entre os MIB e os híbridos, eu sei que uma pequena parte de mim irá acreditar. Talvez. Eu não tenho plena certeza. Não ainda.


Fontes:
  1. http://mysteriousuniverse.org/2015/10/aliens-walking-among-us-pt-1/
  2. http://mysteriousuniverse.org/2015/10/aliens-walking-among-us-pt-2/

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